VW e Unicamp unem esforços para desenvolver híbridos e elétricos a etanol
Parceria entre a fabricante e a universidade prevê estudos com reformadores e células de combustível baseadas no uso de etanol
A Volkswagen deixou claro nos últimos meses que vai dedicar cada vez mais atenção ao uso do etanol como uma das melhores soluções em nossa região para ajudar na meta da companhia de tornar toda sua operação neutra na emissão de carbono até 2050.
Entre as iniciativas, recentemente a fabricante alemã inaugurou no Brasil um centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis.
Nesta sexta-feira (24), outro avanço importante foi efetivado pela VW ao assinar uma carta de intenção com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com foco no “apoio a duas pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de processos, sistemas e/ou dispositivos para a habilitação do uso do etanol em sistemas de propulsão veicular elétrica e/ou híbrida”, pontua a fabricante.
As pesquisas em questão envolvem o desenvolvimento de reformadores e células de combustível que operam com etanol, promovendo a eletricidade necessária para movimentar os futuros carros elétricos da marca alemã.
A carta de intenção foi assinada por Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina, e Hudson Zanin, professor docente da Unicamp.
Parceria relevante
“Contamos com laboratório de biotecnologia e engenharia genética, bem como pesquisadores de elevada qualificação, capazes de desenvolver este potencial em torno do etanol. Podemos abastecer o mercado nacional com esta tecnologia e exportar o conhecimento correspondente. Ter a Volkswagen conosco nesta cooperação é de suma importância para viabilizar estes objetivos”, acrescenta o professor Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp.
Outras empresas, como a Nissan, trabalham em uma abordagem semelhante à da VW, com foco em reformadores operando com etanol.
Como o Brasil encontra-se com uma estrutura plenamente formada para obtenção, distribuição e comercialização do combustível, o uso do etanol seria uma saída muito mais prática e viável em relação às células de combustível a hidrogênio, por exemplo.
Ainda não há previsão, entretanto, de quando os automóveis com essa tecnologia poderão ganhar as ruas.