VW confirma o motor 1.0 TSI para o Polo nacional
Hatch também terá um pacote de tecnologia bem avançado; confira os detalhes
A Volkswagen revelou nesta sexta-feira (28) mais detalhes sobre a aguardada nova geração do Polo nacional, que chegará ao mercado até o fim deste ano fabricado em São Bernardo do Campo (SP).
Uma das principais novidades sobre o compacto é que o eficiente motor 1.0 TSI fará parte do leque de opções para o hatch. O propulsor vai entregar no Polo 128 cv de potência e ótimos 20,4 kgfm de torque quando abastecido com etanol. Para destacar esse fato, o modelo contará com a designação “200 TSI” em um logotipo na tampa do porta-malas. O formato é uma referência ao torque expresso em Newton-metro ou, no caso, 200 Nm.
Com esse volume de torque disponível desde 1.500 rpm, seguramente o novo Polo nacional deverá entregar respostas bem interessantes, algo que poderemos verificar quando o modelo for lançado.
Trabalhando com injeção direta de alta pressão (250 bar) e turbo, o propulsor 1.0 TSI dispensa qualquer sistema para auxilio da partida a frio, como o tanquinho com gasolina ou aquecimento dos bicos injetores, utilizando apenas a alta pressão do conjunto para lidar com a situação em duas etapas. Como a VW explica, “na primeira o próprio sistema de injeção em alta pressão faz uma parte do trabalho, ao pulverizar o combustível em gotículas, em um jato ultraveloz, gerando uma nuvem de vapor de combustível dentro da câmara. Quanto menores as gotículas de combustível, mais fácil é a queima e a partida do motor. A segunda etapa é realizada na partida do motor. Para aumentar a pressão na bomba de alta pressão, o motor é “girado” algumas vezes. Quando é comprimido, o ar aumenta de temperatura, o que também favorece a evaporação do combustível e a combustão”.
Outro ponto relevante envolvendo o novo Polo é que o modelo contará com a opção de transmissão automática de 6 marchas. A nova caixa (AQ250-6F Tiptronic) é do tipo convencional, com conversor de torque, e terá funções como modo esportivo e opção de trocas sequenciais por meio de aletas atrás do volante. Será a primeira vez que a Volkswagen oferecerá no Brasil o motor 1.0 TSI casado com uma transmissão automática.
A Volkswagen também adiantou alguns recursos importantes e que prometem destacar o Polo no segmento. Um deles é o painel digital Active Info Display, em que todos os instrumentos são projetados em uma tela de 10,25”. Ali podem figurar dados como o velocímetro e conta-giros, bem como as instruções do sistema de navegação em 2D ou 3D dentre outros dados. Segundo a VW, somente algumas luzes de advertência ou ícones permanecem na borda inferior de forma “física”.
Além do painel digital, o novo Polo nacional contará com recursos de assistência dinâmica importantes, como os controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, monitoramento da pressão dos pneus (que ajuda também a reduzir o consumo) e sofisticações como o bloqueio eletrônico do diferencial e a limpeza automática dos discos de freios, dois recursos até então encontrados em modelos de segmentos bem mais caros. Resta saber quais deles serão itens de série e quais vão demandar um investimento extra como opcional.
Ainda farão parte da gama de equipamentos presente no novo Polo recursos como o sistema de frenagem automática pós-colisão e a central multimídia Discover Media com tela sensível ao toque de 8” e aparência de smartphone, além de duas entradas USB com capacidade de 2 amperes, o que potencializa a recarga de celulares.
Um aliado importante para garantir a integridade dos ocupantes na eventualidade de um acidente, o sistema de frenagem automática pós-colisão aciona automaticamente os freios do veículo quando ele se envolve em uma batida, para reduzir a energia cinética residual. O acionamento do sistema de frenagem pós-colisão se baseia na detecção da colisão inicial pelos sensores dos airbags. O sistema aciona os freios até que o veículo atinja a velocidade de 10 km/h. A velocidade residual do carro pode ser usada para conduzi-lo a um local seguro. O motorista pode se intervir a qualquer momento – se os sensores perceberem que o motorista está acelerando, por exemplo, o sistema é desligado. O recurso automático também é desativado se o motorista começar a frear fortemente, a um grau de desaceleração mais elevado.
Por fim, a Volkswagen destaca as vantagens da “Estratégia Modular MQB”, como é chamada seu novo conceito de plataforma que está sendo usado na maioria de seus produtos. Com a padronização de peças e diversos componentes dos veículos produzidos sob esse conceito, ela torna possível a democratização de inovações e o intercâmbio de tecnologias.
Na plataforma modular, a relação entre o motor e o eixo dianteiro – e entre o eixo dianteiro e a chamada parede corta-fogo – é padronizada em todo o conjunto de componentes. Os balanços dianteiro e traseiro (distância entre a extremidade do veículo e o centro da roda) e a distância entre o “eixo” do banco traseiro e o centro da roda de trás são todos variáveis. Com isso, distâncias entre-eixos, layouts de suspensão traseira, cabines e porta-malas podem variar de tamanho.
Além disso, como veículos tendem a se tornar mais pesados por causa da adoção de sistemas de assistência, conforto e outros avanços tecnológicos a nova plataforma modular busca compensar esta tendência com quase todas as peças são otimizadas em sua construção, ou feitas de diferentes composições de materiais, e, portanto, significativamente mais leves.
Por fim, a Volkswagen adianta que adotará suspensão dianteira do tipo McPherson e traseira na configuração eixo de torção, soluções tradicionalmente aplicadas no segmento. A previsão é que o novo Polo chegue ao mercado por volta de outubro deste ano. Seguramente ele vai mexer bastante com a concorrência, portanto se você está de olho em um modelo da categoria vale a pena aguardar por ele. Além do Polo e do sedã derivado, no caso o Virtus, a nova família baseada na plataforma MQB será composta por mais dois produtos. A Volkswagen ainda não oficializa em quais categorias eles atuarão, mas já é praticamente certo que se trata de um SUV compacto, rival de Honda HR-V, Ford EcoSport e cia., enquanto o outro será uma picape compacta-média de proposta semelhante à da Fiat Toro. Assim como o Virtus, eles chegarão às concessionárias a partir de 2018.