Volkswagen Virtus TSi: por que o sedã básico vende bem menos que o Polo?
Versão mais em conta, com câmbio manual, se mostra valente e econômica no dia a dia
O Volkswagen Polo tem boas chances de se tornar o carro mais vendido de 2024. Está em uma disputa acirrada da com a picape Fiat Strada, briga com apenas 1.265 unidades de diferença e cujo vencedor vai ser definido apenas no último dia do ano. Mas por que será que a versão sedã da marca alemã, o Virtus, não vende tão bem quanto o hatch? Além dessa resposta, veremos como se comporta a versão básica.
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O Volkswagen Virtus TSi (R$ 111.990), com câmbio manual de cinco marchas, custa exatos R$ 22.700 a mais que o Polo Track (R$ 89.290) mais em conta. Partindo disso, já se chega à primeira razão que explica os volumes de vendas do sedã bem menores que as do hatch (57.862 unidades, ante 14.986).
Claro que o Polo Track básico é ainda mais simples que o Virtus de entrada, que já vem com motor 1.0 turboflex e não aspirado, como no hatch. Apesar de ser o mesmo TSI do Up!, com 116 cv e 16,8 kgfm de torque a 1.750 rpm, consegue dar conta do recado no dia a dia, principalmente com câmbio manual de cinco marchas, que favorece a agilidade.
Interior vem com o essencial do conforto
Aliás, a caixa manual de cinco marchas tem engates sempre precisos e fáceis. Porém, como estamos falando de um carro com 1.161 kg, em retomadas, pode ser necessário fazer algum redução para conseguir mais fôlego, mas nada que comprometa o bom comportamento do carro, que se mostrou disposto em encarar o dia a dia com boa dose de conforto e economia de combustível.
Com pneus borrachudos 195/65 15, fica mais fácil absorver as irregularidades do piso. Bom também é que essa versão mais mansa do 1.0 turboflex contribui com o baixo consumo. De acordo com dados do Inmetro, o Virtus TSI com câmbio manual é capaz de fazer 12,1 km/l de gasolina na cidade e 14,8 km/l na estrada, números que passam para 8,4 km/l e 10,5 km/l com etanol, respectivamente.
O que achei um pouco estranho foi a disposição das informações do cluster digital. Poderiam ter incluído pelo menos uma opção de configuração com ponteiro no contagiros no lugar das barras digitais. E o velocímetro apenas digital, deslocado para a esquerda não ficou bom. De qualquer forma, dá para entender o básico sobre o funcionamento do carro.
Em contrapartida, mesmo sendo uma versão básica, o Virtus TSI com câmbio manual vem com carrgador de celular por indução e central multimídia VW Play com tela de 10 polegadas. O ar-condicionado, contudo, é analógico e os bancos são revestidos de tecido. Entre outros itens, há entrada USB, volante multifuncional e luz diurna de LED entre os itens de série.
Elogiável também é o espaço interno do Virtus, inclusive para quem vai sentado no banco de trás, que se sente como se estivesse em um sedã médio de pouco tempo atrás, com distância entre-eixos de 2,65 metros de comprimento. Se for levar bagagem, dá cavernosos 521 litros de capacidade no porta-malas.
Pena que os sedãs estão sendo engolidos pelos SUVs no Brasil, outra razão que explica porque o Virtus não vende tão bem quanto o Polo.
O segmento de sedãs pequenos, conforme dados da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos Automotores) tem uma média acumulada de 3,8% de participação no mercado em 2024, ante 46,9% dos SUVs. Como o Polo é um modelo que tem sido bem procurado nas locadoras, há grandes volumes voltados para vendas diretas.
No caso da versão Track, 80% das vendas vão para as frotas de aluguel. O mesmo não acontece com o Virtus, cuja maioria do volume de vendas é para pessoas físicas e não jurídicas.
Veredicto
Apesar de ser a versão básica, o VW Virtus TSi vem com uma lista considerável de itens de série, bom espaço e consegue aliar certa agilidade com economia de combustível. Com diferença de R$ 22.700 na comparação com o Polo Track e por não ser tão procurado em locadoras, acaba vendendo quase quatro vezes menos.
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