Volkswagen T-Cross mostra problemas recorrentes no dia a dia; veja os principais
Em sites de defesa do consumidor, proprietários relatam dores de cabeça, principalmente na versão PCD
O Volkswagen T-Cross fechou 2024 como o SUV mais vendido do Brasil, e com razão. Ele foi renovado, ganhou um visual mais caprichado, está bem equipado e tem um preço que faz a concorrência suar frio. Mas e aí, será que os donos estão satisfeitos?
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Fomos dar uma espiada nos sites de defesa do consumidor e olha só. Nem todo mundo tem sorte com o carro e alguns proprietários vão à plataforma soltar o verbo sobre suas dores de cabeça com o carro.
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Quer saber quais são as questões que deixaram alguns donos de T-Cross incomodados? Então, segura aí que vem história.
DRL do farol

Imagem: Divulgação
As reclamações sobre o amarelamento do DRL (Daytime Running Light) dos faróis do VW T-Cross são comuns entre os proprietários.
Um exemplo é o caso de um dono de um T-Cross 2019/2020, que relatou que os DRLs de seu veículo apresentaram descoloração. Ao procurar a concessionária, foi informado de que a única solução seria a substituição dos faróis, com um custo de aproximadamente R$ 10 mil, sem cobertura da Volkswagen, já que a garantia havia expirado. O proprietário critica a rápida degradação dos componentes e espera que a montadora reveja sua política para oferecer uma solução mais acessível aos clientes.
Em resposta, a Volkswagen esclareceu que seus veículos possuem uma garantia total de três anos, cobrindo falhas de produto, material ou montagem sem custos ao cliente, desde que as manutenções periódicas sejam realizadas conforme o plano recomendado. No caso específico, a empresa informou que o veículo foi adquirido em 10/02/2020 e, portanto, a garantia expirou em 10/02/2023, tornando a substituição dos faróis uma despesa a cargo do proprietário.
“Sou proprietário de um T-Cross Highline 2023 e estou insatisfeito com a Volkswagen pela baixa qualidade dos faróis. O DRL direito está amarelado, e o esquerdo começou a apresentar o mesmo problema.”
O proprietário informou que seu problema não foi resolvido.
“Comprei um VW T-Cross Highline há cinco anos, com todos os opcionais. Os DRLs eram brancos e potentes, mas agora estão amarelados e mais fracos.”
A proprietária afirmou que pesquisou e viu que muitos donos enfrentam o mesmo problema, algo já conhecido em faróis da Audi. Ao procurar uma concessionária, foi informada de que a Volkswagen não oferece recall ou reparo, apenas a substituição por um custo elevado.
Para que o reparo do item reclamado seja realizado, é necessário um diagnóstico conclusivo, o que exige a imobilização do veículo em uma autorizada. O tempo de diagnóstico é essencial para identificar o problema e garantir o sucesso no reparo do componente, respondeu a Volkswagen.
T-Cross PCD

Imagem: Divulgação
Reclamações sobre o SUV para pessoas com deficiência (PCD) também chamam atenção na plataforma. Diversos relatos destacam essa questão já no título.
A versão Sense do T-Cross PCD tem sido alvo de queixas devido à demora na entrega. Além disso, consumidores relatam dificuldades na substituição de peças sob garantia e problemas na comunicação com as concessionárias, incluindo demora na aprovação e execução de reparos.
A consumidora, que intitulou sua reclamação como “descaso com PCD" conta que, em 19/11/24, uma cliente enviou seu pedido de compra do T-Cross Sense 2025 para a Volkswagen, ressaltando que seu filho autista depende do veículo para terapias.
A concessionária prometeu faturamento até janeiro, mas após 90 dias, a montadora adiou a entrega para a segunda quinzena de maio, ultrapassando o prazo máximo de 110 dias.
A reclamação ainda não foi respondida pela Volkswagen.

“Entrega de veículo atrasada! No dia 26/11, fui a uma concessionária para negociar um T-Cross PCD. Avaliaram meu Hyundai Creta e, no mesmo dia, deixei o carro usado com a promessa de que o novo chegaria entre 30 e 60 dias. Hoje é 14/02, e ainda não recebi o veículo, sem qualquer previsão de entrega.”
A consumidora completou: “Sou paciente oncológica e preciso ir frequentemente ao médico, mas estou sendo obrigada a usar transporte por aplicativo. Diante desse descaso, digo com certeza: Volkswagen nunca mais.”
A reclamação encontra-se em réplica no site, pois a montadora respondeu que o prazo real para entrega do veículo é de 90 a 180 dias e que, levando isso em conta, a previsão seria até abril de 2025. No entanto, a consumidora reafirmou que informaram um prazo de 30 a 60 dias, o que não foi cumprido.
No dia 10/01, um proprietário de um T-Cross Confortline 2024/25 deixou seu veículo na concessionária para conserto. Apesar de possuir seguro e estar em uma autorizada VW, o carro continua parado devido à falta de uma peça do para-choque dianteiro, sem previsão de chegada. Essa é mais uma das 230 reclamações que envolvem o título "PCD".
Seta

Imagem: Divulgação
Os piscas geralmente não fazem parte de um assunto tão comum em reclamações, e há outros problemas que costumam ser mais recorrentes em veículos. No entanto, no caso do T-Cross, os piscas têm sido alvo de reclamações, indicando um possível problema específico nesse modelo.
Os problemas relatados se concentram principalmente em dois pontos:
- Queima frequente da lâmpada dos piscas – Muitos proprietários apontam que as lâmpadas, especialmente nos faróis dianteiros, queimam com frequência, exigindo substituições constantes.
- Problemas no conjunto do farol – Alguns casos indicam que a falha nos piscas pode estar ligada a defeitos no farol como um todo. Há vídeos e relatos mencionando problemas crônicos que acabam comprometendo também o funcionamento da seta.
“Problema no ar e piscas com defeito: mais uma vez estou decepcionado com a Volkswagen e não recomendo o T-Cross. Com menos de dois anos de uso, o ar-condicionado parou de funcionar e, após dois dias de testes, foi diagnosticado defeito no compressor. Além disso, o farol alto aciona sozinho, e o problema foi identificado no comando dos piscas.”
Segundo o consumidor, o problema foi resolvido.
Um proprietário de um T-Cross Highline 20/20, com apenas 22.000 km rodados, relatou que o pisca dianteiro direito do veículo parou de funcionar repentinamente. Ao procurar a concessionária, foi informado de que esse é um problema crônico do modelo e que o reparo custaria R$ 11.000.

Ele considera inaceitável que um veículo desse valor apresente um defeito tão frequente e essencial sem que a Volkswagen tome providências. Diante disso, alerta futuros compradores e estuda a possibilidade de acionar a montadora na Justiça por vício oculto.
Resposta da Volkswagen: “Agradecemos sua sinalização. Esclarecemos que nossos produtos são comercializados com três anos de garantia total, o que significa que, dentro deste período, nos comprometemos em reparar, sem ônus ao cliente, quaisquer eventuais falhas de produto, material ou montagem, sendo observado o cumprimento do plano de manutenções.”
Réplica do consumidor: “Resposta padrão de uma empresa descomprometida com a qualidade de seu produto, se fazendo de cega diante de um grave (e evidente) problema no projeto do veículo. Não pode ser coincidência as inúmeras reclamações da sobre o mesmo problema nos piscas, no mesmo modelo de veículo e com o mesmo tempo de uso.”
O pisca dianteiro direito de um VW T-Cross começou a funcionar de forma intermitente. Após contato com o SAC da Volkswagen, o proprietário foi orientado a levar o veículo à concessionária para avaliação e relata que teve uma surpresa no valor do reparo:
“A concessionária informou que, fora da garantia de 3 anos, a substituição da lâmpada da seta custaria R$ 16 mil, pois não há troca isolada da peça, apenas do conjunto completo do farol, mesmo que o restante esteja funcionando normalmente.”
Um mês depois da reclamação, o consumidor informou que seu caso ainda não foi resolvido.