Volkswagen mostra o novo Fusca conversível
Versão foi mostrada na Califórnia, onde a primeira geração foi ícone por muito tempo
Há mais de 40 anos, a Califórnia foi o epicentro de vários movimentos hippies que iam contra o excesso de consumismo e a Guerra do Vietnã e seus reflexos em outra guerra, a Fria, entre Estados Unidos e União Soviética.
Num país que ama o automóvel como mostrar que você era desencanado com isso? Utilizando um Volkswagen. A Kombi, sem dúvida, foi o símbolo desse movimento, mas o Fusca também teve sua parcela de importância, sobretudo o conversível, figurinha fácil no estado nessas épocas.
Por essas razões, a Volkswagen foi feliz em escolher o Salão de Los Angeles para mostrar a 3ª geração do Beetle, como é chamado lá, na versão Cabriolet. O conversível foi revelado nesta quarta-feira e resgata em parte o charme da 1ª geração - a 2ª, infelizmente, era muito futurista para honrar o original.
Mas longe de imaginar que o novo Fusca conversível não traga muita tecnologia a bordo. Estão lá o motor turbo com injeção direta, o câmbio de dupla embreagem e, agora, um sistema de capota retrátil hidráulico que faz o trabalho de recolhê-lo em apenas 9,5 segundos - para abri-lo, leva um pouco mais de tempo, 11 segundo. O bacana é que o teto pode ser operado a até 50 km/h.
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Flower Power
A Volkswagen credita o sucesso do Fusca conversível ao fato de o modelo ter sido reinterpretado para esse fim e não adaptado do Fusca "cupê". Sinal de que o novo conversível deve fazer sucesso é que a marca alemã conseguiu melhorar outros pontos críticos desse tipo de carro como o espaço para bagagem, que agora é de 225 litros com a capota recolhida. E os bancos traseiros agora podem ser recolhidos caso o motorista precise de mais espaço.
O novo Fusca será vendido nos EUA também na versão diesel de 140 cv, além da gasolina com 200 cv. As opções de transmissão incluem um manual de seis marchas e um DSG, de dupla embreagem, também com seis velocidades.
A Volks bolou uma ótima sacada visual para o Fusca: três versões de acabamento que emulam as décadas de 50, 60 e 70. A primeira, por exemplo, vem com rodas aro 17 circulares pintadas de preto, cor do teto também. A versão dos anos 70 usa as cores marrom e cinza e dos idos de 1960, tem predominância do azul.
O Fusca Cabriolet começa a ser vendido este mês nos Estados Unidos e em fevereiro na Europa. Como a versão fechada acaba de ser lançada no Brasil, é provável que o conversível apareça por aqui dentro de, no máximo, um ano. É o poder da flor de volta.