Volkswagen deverá fabricar híbridos flex em São Paulo e nova picape no Paraná
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista diz que fabricante fará aporte de 1 bilhão de euros, focado na eletrificação no Brasil
A Volkswagen deverá anunciar em breve um novo ciclo de investimentos no Brasil que vai até 2028, na ordem de 1 bilhão de euros, equivalente a R$ 5,3 bilhões. Conforme o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, a maior parte desse montante será usado para fabricar dois modelos híbridos na unidade da Anchieta, em São Paulo, e em uma picape maior que a Saveiro na linha de montagem no Paraná.
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Ainda conforme o sindicato, 111 engenheiros serão contratados em janeiro para trabalhar no desenvolvimento dos novos modelos híbridos flex que deverão ser fabricados em São Bernardo do Campo (SP) a partir de 2027, mas a marca alemã quer antecipar isso. E em 2026, também está previsto o início da fabricação de uma picape maior que a Saveiro.
Esse modelo deve ser a versão de produção do protótipo Tarok, que foi mostrado no Salão do Automóvel de 2018, em São Paulo. O projeto foi engavetado com a pandemia, falta de componentes na indústria, entre outros problemas, mas agora tem condições para seguir adiante, com o segmento de picapes em alta no Brasil.
Tudo indica que os novos modelos híbridos flex que devem ser montados na unidade de produção da Anchieta, em São Paulo, serão híbridos leves, que contam apenas com um motor elétrico acoplado ao virabrequim do propulsor a combustão para ajudar a economizar combustível e reduzir os índices de emissões em situações específicas, como nas retomadas e acelerações, ou para vencer a inércia.
Hoje em dia, fábrica da Anchieta produz os modelos Virtus, Nivus e Saveiro, e conta um quadro formado por 8,2 mil trabalhadores, sendo cerca de 5 mil na área de produção. Por enquanto, a Volkswagen diz apenas que as negociações sindicais estão em andamento e que não pode confirmar mais informações neste momento.
Além das unidades de produção da Anchieta e do Paraná, a fábrica de motores em São Carlos (SP) também deverá receber para ser preparada para produzir os componentes e o novo motor híbrido flex, que pode ser o 1.5, com sistema de 48 Volts, que vai equipar o SUV Taos fabricado na Argentina e outros modelos da marca alemã.
Na Europa, o motor 1.5 MHEV, com 148 cv, é impulsionado por um elétrico de 34 cv. Funciona com câmbio automatizado, de dupla embreagem (DSG), de sete marchas e tração dianteira. No caso do Golf, esse recurso ajudou a rodar, pelo menos, mais 3 km para cada litro de gasolina europeia, sem os 27% de etanol da brasileira.
Em breve, a Volkswagen deverá fazer o anúncio dos investimentos oficialmente, quando teremos mais detalhes sobre as novidades que vaõ chegar neste momento agitado no setor automotivo, com a chegada em peso de fabricantes chinesas, reforma tributária e a questão da descarbonização cada vez mais latente.
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