Volkswagen Brasilia 1974 Azul Safira esconde verdadeiro tesouro; veja preço
Raridade foi mantida por décadas com pouco uso e está à venda muito bem conservada
A Volkswagen Brasília foi produzida entre 1973 a 1982 ,e apesar de não ter a popularidade e o carisma do seu irmão mais velho, o Fusca, tem o seu espaço no hall da fama.
Bem antes de virar tema da música “Pelados em Santos” dos Mamonas Assassinas, os anos de glória do modelo popular surgiram logo cedo, nos anos de 1974 a 1979, período em que carregou o título de segundo carro mais vendido do Brasil, só perdendo para o irmão Fusca.
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A VW Brasilia 1974 azul Safira das fotos está à venda e é um exemplar digno de coleção da mais fina estampa. Segundo Joel Pastore, proprietário da loja que leva seu sobrenome, a relíquia, em seus mais de 50 anos de fabricação, teve apenas dois donos.
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“O veículo era de um senhorzinho, aqui de Bento Gonçalves (RS), que tirou zero-quilômetro e, quando chovia, não saía com ela de jeito nenhum”, relata.
Ainda de acordo com o comerciante gaúcho, há 16 anos este clássico da VW passou por um banho de tinta para reavivar o brilho, já que a carroceria está intacta, sem nenhuma corrosão.
“Este senhor, antes de entregar a Brasilia, fez mil recomendações ao segundo dono como não deixar no sol para não trincar o painel entre outros cuidados de quem realmente entende”, relembra Joel.
Toda original e bem cuidada
Imagem: Reprodução / Pastore CC
Por dentro, os bancos e acabamento de portas são revestidos de vinil, o assoalho com forração do tipo carrapatinho permanecem intactos. O painel de instrumentos é simples e traz somente o velocímetro ao centro, cercado pelo marcador de combustível e pelo relógio analógico. No centro, um rádio Motoradio dá as boas-vindas aos ouvintes.
Com todo este cuidado em mais de 50 anos de história com um só dono, no ano de 2025, o raro exemplar da marca alemã acabou sendo vendido ao segundo dono que optou por negociar com outro veículo da Pastore Car Collection.
“Coração” da Brasilia é bombeado pelo boxer a ar de 60 cv
Imagem: Reprodução/ Pastore CC
O exemplar tem pouco mais de 47 mil km rodados e esconde um verdadeiro tesouro, o clássico motor 1.6 boxer (dois cilindros opostos para cada duas bancadas) refrigerado a ar com um carburador (Solex 30). Ele fornece a potência de 60 cv, transmitida às rodas traseiras, e está funcionando como um reloginho suíço. O ronco característico é como música para os ouvidos mais sensíveis. O câmbio é manual de quatro marchas.
Em desempenho, a pequena “perua” estava longe de ser uma velocista. Fazia longos 20,2 segundos na aceleração de 0 a 100 km/h e 130 km/h de velocidade final. No consumo, também decepcionava com 8,9 km/l na cidade e 20,2 km/l na estrada, segundo dados extraídos do site Carros na Web.
A resposta só veio em 1976 quando o velho e bom motor 1.6 passou a ser alimentado por dois carburadores (Solex 32), garantindo 65 cv brutos de potência. Na prática, ele ganhou em desempenho e, principalmente, na economia de combustível. No entanto, a versão com um só carburador ainda era ofertada até ser dizimada aos poucos por conta da baixa procura.
Para os amantes dos air-cooled, eis a chance de ter uma Brasilia 1974 em perfeitas condições de uso e estado geral. O preço pedido é de R$ 60 mil, inviável para muitos, mas justo para poucos colecionadores exigentes.
Imagem: Reprodução / Pastore CC