Sucessor do Gol, VW Polo Track é uma boa compra até R$ 80 mil; confira avaliação
Novo modelo de entrada da marca alemã no país traz projeto muito mais moderno sem abandonar a robustez
Convenhamos que a missão do Volkswagen Polo Track está longe de ser simples, uma vez que caberá a ele ocupar o posto do Gol dentro do portfólio da marca, produto que foi o líder de mercado por mais de duas décadas e tornou-se uma referência entre os hatches compactos nacionais.
Sabendo disso, a VW foi muito feliz ao combinar a racionalidade e a robustez que sempre permearam o projeto do Gol com a plataforma bem mais moderna da gama Polo atual.
Com isso, o Polo Track passa a ocupar o lugar do Gol com inúmeras vantagens, a começar pelo nível de segurança (inclusive estrutural) muito superior, com os controles de tração e estabilidade de série, além dos 4 airbags e o bloqueio eletrônico do diferencial (XDS+).
Para mostrar que o Polo Track não foge a um bom desafio, a Volkswagen equipou o modelo com para-choques exclusivos, sendo que as peças dianteira e traseira aprimoraram os ângulos de ataque e saída em 1º em relação aos demais catálogos do Polo.
As rodas de aço aro 15” contam com calotas com acabamento escurecido, mesma tonalidade aplicada nas maçanetas e capa dos retrovisores, o que confere um visual diferenciado ao Polo Track, sem o deixar com uma cara simples demais, o que é um ponto positivo.
Partindo de R$ 79.090, o Polo Track abre mão da central multimídia para oferecer um preço mais competitivo, porém sai de fábrica com travas e vidros elétricos, ar-condicionado e direção assistida.
É possível ainda equipar o modelo com o rádio original por R$ 900 em um pacote que também adiciona o volante multifuncional.
Na cabine, encontramos uma qualidade que favorece o Polo Track em relação a muitos rivais. Como tem porte ligeiramente maior, alcançando 4,07 m de comprimento e 2,56 m de entre-eixos, o VW acomoda com mais conforto seus passageiros.
Ainda no habitáculo, o Polo Track não esconde a proposta de baixo custo, porém a VW tomou cuidado para não tornar o hatch espartano como um “popular” do início dos anos 2000, escolhendo um tecido para os bancos e revestimentos plásticos de aspecto visual agradável.
O porta-malas com 300 litros no padrão VDA (ou 365 litros na medição líquida) também é outro ponto forte do hatch.
Sem surpresas mecânicas, o Polo Track conta exclusivamente com o motor 1.0 MPI de até 84 cv e 10,3 kgfm de torque trabalhando com a caixa manual de 5 marchas, a qual prima pela excelência nas trocas.
Como é natural, desempenho não é o forte de um modelo com a proposta do Polo Track, porém o hatch se garante quando o assunto é economia de combustível, alcançando médias de 13,5 km/l na cidade e 15 km/l na estrada com gasolina, o que resulta em uma autonomia na casa de 780 km, uma das maiores da categoria.
Se comparado ao Gol, ao volante o Polo Track mostra todos os benefícios de uma arquitetura mais sofisticada, com um rodar muito mais silencioso, baixo nível de vibrações e respostas dinâmicas acertadas.
Como sempre, vale elogiar os engates precisos e suaves da transmissão manual presente nos modelos da VW, uma característica importante sobretudo em um modelo com o Polo Track, no qual as trocas de marchas ocorrem em uma frequência maior para otimizar o desempenho.
Em resumo, ao reunirmos a carroceria ampla e espaçosa do Polo Track com uma lista equilibrada de itens de série e a mecânica eficiente, podemos apontar a novidade como uma das melhores escolhas para quem está em busca de um compacto até R$ 80 mil, sendo que o Peugeot 208 Like tem a vantagem de oferecer central multimídia de série dentro da mesma faixa de preço do VW.
Apesar da enorme responsabilidade que tem, o Polo Track chega ao mercado com soluções muito mais interessantes do que o Gol oferecia até então. Uma troca que, certamente, vai honrar o legado do veterano hatchback lançado por aqui em 1980.
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