Próxima geração do VW Gol pode substituir também o up!
Novidade deve contar uma variação mais simples da plataforma do Polo
Desde quando os planos da marca para a América do Sul tornaram-se conhecidos ainda no fim de 2017, a Volkswagen já deixou claro que tem nos planos um sucessor para o Gol, modelo que é o veículo mais produzido, mais vendido e mais exportado da história do mercado automotivo brasileiro.
Hoje em dia o Gol e o sedan derivado Voyage são produzidos em conjunto com o up! na fábrica paulista de Taubaté. Segundo abordou o colunista Fernando Calmon em seu texto mais recente publicado aqui no Autoo, a unidade deverá receber mais recursos no curto prazo para a adaptação e o desenvolvimento exatamente desse novo compacto posicionado abaixo do Polo, que substituiria de uma só vez Gol e up!.
Apesar do excelente projeto que ele até hoje oferece para quem deseja um modelo subcompacto ou apenas um carro para o uso na cidade, o up! acabou de certa forma tornando-se caro demais para esse segmento. Ele até conta com diferenciais muito relevantes, como a opção do motor 1.0 TSI em suas configurações mais caras, porém hoje em dia parece pouco plausível a montadora investir em um sucessor apenas para o up!.
Com isso, o futuro novo Gol deve estrear entre 2021 e 2022, nos antecipa Calmon em sua coluna, com uma variação simplificada da arquitetura MQB, a famosa plataforma modular global da marca que hoje dá vida aos projetos do Polo, Virtus e T-Cross. A solução de uma plataforma menos sofisticada sinaliza que o Gol manterá a proposta mais racional dentro da gama, sem oferecer muitos recursos avançados de tecnologia, afinal, para isso, a marca já conta com o Polo para quem deseja um hatch compacto mais equipado.
O futuro sucessor do Gol pode contemplar alguns atributos desejados pelos brasileiros, como o espaço interno amplo (vide a boa aceitação do Renault Sandero por aqui) combinado a um porta-malas mais generoso considerando o porte do modelo (quem sabe indo um pouco além dos 300 litros). Se hoje o Fox cumpre o papel do hatch mais racional e espaçoso dentro da linha VW, é possível que o já veterano modelo passe o seu lugar para o novo Gol.
Pela orientação e postura de mercado que a Volkswagen passou a adotar no Brasil em conjunto com o lançamento do Polo, buscando o consumidor de uma “classe média aspiracional”, como ela caracteriza em sua nova estratégia, a VW não deverá transformar o Gol em um carro muito simples a ponto de concorrer com Renault Kwid e Fiat Mobi, até porque esses modelos não oferecem muita margem de lucro, outro ponto que está claramente contemplado nos produtos mais recentes da marca.
É fato que pela força que o nome tem por aqui, além de todo o legado do modelo, o Gol é um carro que dificilmente será deixado de lado pela Volkswagen no Brasil. Mantendo a receita que o consagrou, porém atualizando o conjunto, certamente ele estará preparado para um futuro ainda muito promissor.