Por que a Toyota investe em híbridos no Brasil e aposta em elétricos na China?

Diferenças de matriz energética, de renda média e infraestrutura acabam levando a uma série de diferenças
Toyota bZ3

Toyota bZ3 | Imagem: Divulgação

Um dos modelos que a Toyota terá no Salão de Pequim (China), que será aberto ao público entre os dias 27 de abril e 4 de maio, é o sedã bZ3, considerado o Corolla elétrico. No Brasil, o modelo resiste no segmento  de sedãs médios graças à versão híbrida flex, que tem sido muito  bem aceita, ficando no topo das vendas de eletrificados.

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Mas se o carro elétrico tem algumas vantagens em relação ao híbrido, como menor custo de manutenção,zero emissões, mais silêncio, baixíssimo nível de vibração, entre outras, por que será que a Toyota investe nos híbridos flex no Brasil? 

O caso da Toyota é apenas um exemplo, outras fabricantes tem feito o mesmo no Brasil. E a resposta básica está ligada não apenas às questões técnicas, mas macroeconômicas e até geográficas.  Já começa que no mercado brasileiro temos o etanol extraído de vegetais, principalmente a cana-de açúcar e milho, algo que outros países não têm. 

Híbrido x elétrico

Toyota Corolla 2024
Toyota Corolla 2024 tem nas versões híbridas flex as mais bem aceitas, inclusive, no caso do Corolla Cross
Imagem: Divulgação

Como se sabe, o etanol gera baixos índices de emissões, menores que a gasolina e diesel. Aliado ao sistema híbrido, principalmente o completo, que tem motor elétrico que traciona as rodas e não apenas dá um impulso no virabrequim (no híbrido leve), chega-se a um resultado em termos de emissões de CO2 do poço à roda menores até que dos carros elétricos da Europa e outros países que não geram energia elétrica sem agredir o meio ambiente. 

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) concluiu que  carro flex apenas a combustão já é 30% menos poluidor que o elétrico europeu. Essa constatação já fez as empresas e organismos governamentais repensarem a produção em massa de carros elétricos. Pelo menos até que consigam fontes limpas de energia, o que o Brasil também tem em abundância. 

Por esse e outros motivos é que o novo regime automotivo Mover acabou incentivando a produção de híbridos flex e que as fabricantes anunciaram investimentos recorde no Brasil, de bilhões de reais, aproveitando os incentivos, para atender ás novas normas de emissões e ter melhores margens. Além disso, há também a questão da falta de infraestrutura para ter carregadores em um país que tem mais de 9 milhões de km² de área. E de renda, para comprar carros elétricos, que são mais caros que os híbridos.

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