Inédita opção híbrida-leve flex será o destaque do VW Polo 2023, antecipa site
Marca alemã deverá adaptar para o Brasil o sistema já oferecido na Europa
A semana vai encerrando com uma notícia muito relevante apurada pelos colegas do Autos Segredos.
Segundo reportagem exclusiva assinada por Marlos Ney Vidal com a colaboração de Diogo Dias, a Volkswagen prepara uma novidade mais do que interessante para o segmento de hatches compactos premium produzidos no Brasil.
Trata-se, de acordo com o texto dos colegas, da nacionalização do sistema eTSI, que fará sua estreia local sob o capô do Polo 2023, modelo que se tornará o primeiro automóvel híbrido-leve da marca no mundo a aceitar etanol, gasolina ou a mistura de ambos em qualquer proporção.
Com a novidade, certamente a Volkswagen vai conquistar um trunfo relevante para conferir um apelo comercial significativamente superior ao Polo entre seus rivais diretos, o qual será capaz de oferecer um nível de eficiência bem maior em relação aos concorrentes.
O sistema eTSI baseado no propulsor 1.0 já é oferecido sob o capô do Golf na Europa, no qual entrega 110 cv e 20 kgfm de torque. Operando apenas com gasolina por lá, o Golf eTSI 1.0 consegue alcançar um consumo combinado na faixa de 23 km/l.
Avaliado pelos ingleses da Auto Express, o Golf eTSI não ofereceu desempenho acima da média, mas ganhou elogios por conta das acelerações suaves e rápidas, além de agregar preço de aquisição mais convidativo para quem deseja um automóvel eletrificado com boas médias de consumo.
Por ser um sistema híbrido-leve, o conjunto eTSI não é tão elaborado quanto um full hybrid, figurando como a porta de entrada, por assim dizer, para um automóvel menos poluente. Aqui no Brasil, o Kia Stonic, por exemplo, é um produto recente que também aposta na solução.
Em um híbrido-leve como o futuro Polo eTSI flex, o motor térmico segue como o elemento principal para movimentar o veículo, entretanto ele é auxiliado por um propulsor elétrico que atua como um alternador-gerador, recuperando parte da energia que seria desperdiçada nas frenagens (entre outras situações), direcionando-a para uma bateria própria do sistema.
Como possui uma arquitetura elétrica mais robusta, no caso de 48V, alguns periféricos do veículo podem ser alimentados pela bateria em questão, colaborando para aliviar a demanda sobre o propulsor térmico e favorecendo a economia de combustível.
Se não é capaz de movimentar o veículo, ao menos o motor elétrico compacto pode auxiliar nas acelerações do carro, o que traz ganhos sensíveis na performance.
Geralmente o alternador-gerador no caso de automóveis com propulsão híbrida-leve costuma operar em uma ligação direta com o câmbio, no caso do Golf eTSI europeu uma caixa de dupla embreagem com 7 marchas. Resta saber se a transmissão será incorporada ao Polo nacional eletrificado.
Ainda não temos previsão de estreia para o novo Polo 2023, o qual deverá ainda receber discretos aprimoramentos estéticos sobretudo na parte dianteira. Assim como Stellantis, Nissan e outras marcas que operam no Brasil, a Volkswagen vai investir em soluções que ajudem a otimizar os carros eletrificados capazes de aceitar etanol, inclusive incentivando parcerias com o setor acadêmico nacional.