Volvo vai cobrar para carregar carros elétricos de outras marcas; veja o preço

Enquanto isso nos EUA, 46% dos donos de elétricos já querem voltar para a gasolina
Carregador da Volvo em alta potência instalado na cidade de Porto Ferreira, em São Paulo

Carregador da Volvo em alta potência instalado na cidade de Porto Ferreira, em São Paulo | Imagem: Divulgação

Quem tem um carro que não seja da marca Volvo vai ter que pagar R$ 4 por kWh nos carregadores instalados pela empresa. O anúncio foi feito nesta terça-feira (3). De acordo com a Volvo, 75% das recargas feitas em seus 52 carregadores rápidos (DC) foram com carros de outras fabricantes.

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A marca já instalou mais de mil pontos de recarga em todo o Brasil, mas 52 são do modo rápido, que serão cobrados. Ainda existe uma taxa de conectividade de R$ 2,50 ao iniciar a recarga e uma “taxa de ociosidade” de R$ 5 por minuto. A tolerância será de 15 minutos após a conclusão do procedimento.

Apesar da cobrança, a Volvo ainda pretende investir R$ 70 milhões para instalar novos pontos de recarga rápida. Outros 49 devem ser inaugurados.

Volvo EX30 2025
Volvo EX30; marca vai passar a cobrar pelo uso de carregadores rápidos Imagem: Divulgação

Desistência

Durante entrevista coletiva, executivos da Volvo alfinetaram outras marcas que vendem carros elétricos no Brasil, mas não investem em infraestrutura. É justamente essa falta de uma rede de carregadores que está fazendo com que quase metade dos norte-americanos que compraram carros elétricos queiram voltar para os modelos a combustão.

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Um estudo recente com consumidores conduzido pela McKinsey descobriu que 46% dos proprietários de veículos elétricos nos EUA provavelmente voltariam a usar um veículo movido a gasolina, em comparação com uma média global de 29% dos proprietários de veículos elétricos que disseram que provavelmente voltariam a usar um motor de combustão interna.

Os entrevistados disseram que o principal motivo para abandonar seus elétricos foi a falta de infraestrutura de carregamento. Outros problemas incluíam a falta de carregamento em casa e o impacto da direção de longa distância.

Vendas em baixa

As vendas de elétricos estão em queda nos EUA e na Europa, afetando os planos da Ford e até da Tesla, que nasceu só vendendo modelos a bateria. Na Europa, a ideia de banir modelos a combustão têm sido adiada e é alvo de ações do Parlamento Europeu.

No Brasil, apesar das vendas ter crescido, as grandes montadoras ainda não investiram em carros elétricos, deixando esse papel para as novatas chinesas e para as marcas de luxo, como a Volvo. Volkswagen e Stellantis devem focar nos híbridos a etanol para a venda em grande volume. O segundo grupo, para atender o nicho dos elétricos, vai trazer a marca Leapmotors.

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Fernando Pedroso

Apaixonado por carros desde criança, se formou em jornalismo para trabalhar com automóveis. Realiza esse sonho desde 2006, e participando no AUTOO a partir de 2023

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