Volkswagen T-Cross: qual versão escolher?
Modelo chega ao mercado em abril em quatro versões; confira análise
Uma das novidades mais esperadas para este ano, o Volkswagen T-Cross vai chegar efetivamente ao mercado em abril deste ano trazendo um dos conjuntos mais modernos para o segmento de SUVs compactos.
Além da plataforma moderna, compartilhada com Polo e Virtus, o T-Cross foi projetado para entregar alto nível de segurança, baixo custo de reparabilidade e contar com uma manutenção acessível, atributos desejáveis em um projeto moderno como é o caso.
Do ponto de vista da eficiência, a Volkswagen aposta na gama de motores 1.0 e 1.4, ambos da família TSI portanto com turbo e injeção direta, para conciliar bom nível de desempenho com o menor consumo possível. O modelo revelou em nosso teste com a versão topo de linha Highline que, de fato, a Volkswagen acertou na receita do T-Cross.
Mas para quem ficou interessado no modelo, qual versão é a melhor escolha para o modelo? Confira nossa análise de cada uma delas:
T-Cross 200 TSI manual – R$ 84.990
A versão de entrada do VW T-Cross é mais voltada para quem ainda é fã do câmbio manual, no caso uma caixa com 6 marchas trazendo a suavidade e a precisão dos engates já bem conhecidos das transmissões desse tipo projetadas pela marca.
O T-Cross de entrada não é barato – uma vez que um Nissan Kicks parte de R$ 74.990 com uma caixa manual de 5 marchas – e isso tem uma razão. Até o fim do ano que vem, quando completará seu ciclo de 20 novidades introduzidas em nosso mercado, a Volkswagen vai lançar um SUV menor e mais acessível que o T-Cross, portanto caberá a ele atuar em faixas abaixo de R$ 80.000.
É inegável que, por cerca de R$ 85.000, o VW T-Cross manual conta com um bom nível de equipamentos. Ele já sai de fábrica com 6 airbags, controles de tração e estabilidade, rodas de liga leve aro 16”, rádio, computador de bordo, entre outros recursos e incluindo nessa conta as três primeiras revisões. O Nissan Kicks manual, por sua vez, pode até receber o ESP, o que eleva seu preço para R$ 76.190, mas esqueça colocar no Nissan mais do que os dois airbags frontais obrigatórios e muitos recursos de conforto e comodidade.
Fora isso, vale a pena destacar que os 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque do motor 1.0 TSI conferem ao modelo um compromisso em termos em eficiência que poucos SUVs de entrada conseguem se igualar.
Também é possível acrescentar central multimídia com câmera de ré e 6 alto-falantes, além de sensor de estacionamento dianteiro, no T-Cross manual, o que custa R$ 1.720 no pacote opcional Interactive I.
Optar por um T-Cross manual é algo que você deve fazer só se for muito adepto a esse tipo de transmissão, uma vez que grande parte dos consumidores desse segmento opta mesmo pela caixa automática. Olhando para o futuro, um T-Cross manual não deverá ter a mesma liquidez das opções automáticas e sua desvalorização deverá ser maior.
A participação nas vendas da versão manual do T-Cross deverá ser apenas marginal, destinada a um tipo de cliente muito específico. Vale a pena relembrar que, a partir da linha 2019, a Honda, por exemplo, resolveu tirar de linha o HR-V manual, opção que representava cerca de 1% do mix de vendas do SUV compacto.
Logo, se você considera a compra de um T-Cross, é melhor seguir para as versões imediatamente acima.
T-Cross 200 TSI automático – R$ 94.490 (boa opção!)
Ela custa cerca de R$ 10.000 a mais, mas enfim chegamos em uma das versões mais racionais e equilibradas do T-Cross.
Por quase R$ 95.000, o T-Cross recebe nessa configuração o câmbio automático (item quase que indispensável para muitos consumidores de SUVs), além de central multimídia com tela de 6,5” e suporte aos principais sistemas de espelhamento para smartphones do mercado, bem como piloto automático e volante multifuncional com revestimento de couro. Temos aqui, portanto, os recursos mais desejados por grande parte do público.
O T-Cross 200 TSI automático pode receber no pacote Interactive II, tabelado em R$ 1.590, a câmera de ré para a central multimídia, sensor de estacionamento dianteiro e espelhos retrovisores externos com rebatimento elétrico. Uma pena que o revestimento interno de couro, um atributo bem valorizado, só pode ser encontrada como um opcional de fábrica a partir da versão imediatamente acima.
Se você está muito mais preocupado com o baixo consumo e não faz questão do desempenho superior do motor 1.4 TSI ou um bom pacote de tecnologia, o T-Cross 200 TSI automático é uma excelente escolha!
T-Cross Comfortline 200 TSI automático – R$ 99.990
Pelo valor ligeiramente acima da versão mais acessível do T-Cross com câmbio automático, a opção Comfortline acrescenta como itens de série as rodas de liga leve aro 17”, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros, ar-condicionado automático digital, entre outros.
Só vale a pena mesmo você partir para essa configuração do T-Cross se deseja um dos interessantes opcionais que o SUV compacto pode receber a partir dessa configuração.
O T-Cross Comfortline, por exemplo, disponibiliza o conforto e a praticidade do assistente de estacionamento no “Pacote Premium”, que custa R$ 6.050 e acrescenta também os faróis full-LED e sistema de som premium com subwoofer.
O revestimento interno de couro e apliques decorativos no painel na cor Bronze Namíbia estão englobados no “Pacote Design View”, que custa outros R$ 1.950. Outro kit interessante é o “Pacote Sky View II” (R$ 4.800), que traz para o SUV o teto solar panorâmico, espelho retrovisor interno eletrocrômico e sensor de chuva.
Só vale a pena você partir para o T-Cross Comfortline em relação ao T-Cross 200 TSI automático se deseja mesmo acrescentar ao modelo algum dos recursos de tecnologia citados nos dois parágrafos anteriores. Já se a ideia é acrescentar grande parte deles, o melhor mesmo é migrar de vez para a opção mais cara que analisaremos a seguir.
T-Cross Highline 250 TSI automático – R$ 109.990 (boa opção!)
Se existem recursos que você não abre mão em um carro, como uma boa central multimídia bem destacada no painel, revestimento de couro, rodas de liga leve maiores, entre outros, nesse caso é mais interessante você optar pelo T-Cross topo de linha.
A faixa de R$ 100.000 ou um pouco acima disso concentra boa parte das vendas dos SUVs compactos e nela encontramos modelos concorrentes do T-Cross como o Hyundai Creta Prestige (R$ 104.990), Honda HR-V EXL (R$ 108.500), Nissan Kicks SL (R$ 102.390 com o Pack Tech), entre outros. É certo que muitos potenciais clientes do T-Cross, portanto, deverão olhar com atenção para essa configuração.
Ela por si só já se destaca dos rivais quando analisamos o conjunto mecânico, já que o motor 1.4 TSI deixa muitos rivais para trás quando o assunto é desempenho e baixo consumo, ponto onde grande parte deles deixa a desejar. O único modelo que mais se equipara ao T-Cross Highline no momento é o Citroën C4 Cactus nas versões Shine (R$ 95.990) e Shine Pack (R$ 99.990), que é um modelo extremamente ágil com seu 1.6 THP. Essa dupla vai ganhar em breve a companhia do Honda HR-V Touring, que contará com o propulsor 1.5 turbo.
Por cerca de R$ 110 mil, o T-Cross Highline sai de fábrica com o que é esperado em um carro nessa faixa, como o revestimento interno de couro, chave presencial com partida por botão, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado automático digital e o sistema start-stop, que desliga o motor quando o carro encontra-se parado, e ajuda na economia de combustível em especial na cidade.
Se você colocar todos os opcionais que a Volkswagen preparou para o T-Cross Highline (confira a lista completa aqui), o SUV compacto atinge R$ 124.840, mas ele entregará assistente de estacionamento, teto solar panorâmico, os 6 airbags e os controles de tração e estabilidade que figuram como itens de série, faróis full-LED, sistema de som premium e a exclusividade do painel de instrumentos completamente digital que atua em conjunto com a central multimídia de 8”.
É um pacote sem sombra de dúvida bem robusto para justificar a compra, algo necessário para justificar o fato de que hoje, dentro da própria gama Volkswagen, um Tiguan Allspace parte de R$ 128.990 ou que, por R$ 113.990 você estaciona na garagem de casa um Jeep Compass em sua versão de entrada Sport 2.0 flex. Nos dois casos, contudo, você não encontra o mesmo nível de equipamentos do T-Cross completo.
É muito provável que o T-Cross Highline responda por boa parte das vendas do SUV, em especial levando em consideração o apelo da performance do motor 1.4 TSI. Com isso, essa deverá ser a versão com maior liquidez no mercado de usados e, por isso, ter uma desvalorização não muito acentuada. Assim como a opção 200 TSI automática, o T-Cross Highline desponta como outra excelente pedida para o modelo.