Volkswagen Jetta 2019 é revelado nos EUA
Sedã médio alcança a sétima geração e a importação ao Brasil deverá começar ainda neste ano
A Volkswagen escolheu o Salão de Detroit deste ano para apresentar ao mundo a sétima geração do Jetta, modelo que tem nos EUA seu principal mercado. Como já havíamos antecipado aqui no Autoo, o modelo está maior e mais sofisticado, além de ser construído a partir de agora sobre a moderna plataforma MQB.
Segundo números da Volkswagen, cerca de 17,5 milhões de unidades do Jetta já foram produzidas desde o lançamento do modelo na Europa em 1979, quando foi apresentado com a premissa de um “Golf com porta-malas maior”. A partir da quarta geração, introduzida no Velho Continente em 1998, o sedã passou a ser chamado de Bora e chegou ao Brasil com o mesmo nome em 2001. Na quinta geração, por sua vez, o modelo resgatou as origens e voltou a adotar o nome Jetta na Europa e também em nosso país. Também foi na quinta geração que o sedã chegou à China, onde é conhecido como Sagitar. A partir da sexta geração, lançada globalmente em 2010, o Jetta tomou um caminho próprio dentro da gama VW, separando-se do Golf e passando a atuar como um modelo independente.
Aqui no Brasil o Jetta sempre foi um modelo associado com o caráter esportivo de sua motorização 2.0 TSI, mas atua como um coadjuvante na categoria liderada no Brasil pelo Toyota Corolla. Como você pode conferir em nosso ranking, o Jetta encerrou 2017 como o 4º sedã médio mais vendido no país. Pelas credenciais de sua sétima geração, contudo, o modelo tem tudo para almejar posições mais elevadas no segmento.
Além do novo visual, o Jetta 2019 conta com uma série de aprimoramentos técnicos relevantes. O coeficiente aerodinâmico do sedã, por exemplo, foi aperfeiçoado em torno de 10%, passando a ostentar uma elogiável marca de 0,27. Essa facilidade em vencer a resistência do ar se traduz em menor consumo de combustível, menor nível de emissões e até mesmo ajuda a melhorar o desempenho.
Em termos de tamanho, a sétima geração do Jetta passa a contar com 4,70 m de comprimento, um ganho de 43 mm. O entre-eixos ganhou outros 35 mm, passando para 2,68 m, enquanto a largura no Jetta 2019 fica em 1,79 m (+ 21 mm) e a altura atinge 1,45 m (+ 6 mm). Segundo a VW, se o Virtus ficou praticamente com as mesmas dimensões do Jetta atual, a nova geração do sedã médio o aproxima ainda mais do Passat europeu (o mesmo vendido no Brasil e diferente do Passat destinado aos EUA).
O balanço dianteiro (distância entre o centro das rodas e a extremidade do para-choque) foi reduzido em 10 mm, um recurso para melhorar o comportamento dinâmico do modelo e conferir um visual mais elegante e esportivo ao sedã. O balanço traseiro, por sua vez, foi ampliado em 18 mm e permitiu ao Jetta 2019 manter o bom porta-malas com capacidade para 510 litros, presente desde a geração passada.
No campo da tecnologia e recursos de assistência a condução, o Jetta 2019 deverá se posicionar como um dos sedãs médios mais avançados do segmento.
Beneficiado pela modernidade de sua plataforma MQB, o Jetta 2019 poderá receber em sua versão mais completa recursos como a frenagem autônoma de emergência (Front Assist com Autonomous Emergency Braking), monitoramento de pontos cegos nos retrovisores, assistente de permanência em faixa, alerta de tráfego traseiro em manobras de marcha a ré, farol alto com comutação automática, controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, dentre outros recursos.
Na parte interna, a Volkswagen promete uma série de recursos para tornar a cabine do Jetta mais sofisticada, como a opção de teto solar panorâmico e um sistema de iluminação indireta utilizando LEDs na cabine. Além do motorista e passageiros poderem escolher entre 10 opções de cores para a cabine, o modelo contará com perfis especiais. No perfil Normal, a tonalidade que prevalece no interior é a branca. No modo Sport a cabine ganha cor vermelha e, no perfil Eco, a cor que predomina é a azul. A iluminação por LED também está presente nas luzes diurnas, nas lanternas e os faróis também operam com esse tipo de tecnologia.
O Jetta também será equipado com o painel de instrumentos digital com tela de 10,2” que agrupa as informações sobre o carro. A Volkswagen também vai equipar o sedã com a geração mais recente de sua central multimídia oferecendo suporte ao Apple CarPlay, Android Auto, dentre outros recursos. A partir da versão SEL nos EUA, o Jetta poderá ser equipado com um sistema de som projetado pela Beats by Dre.
No campo dos motores, a Volkswagen adiantou apenas que o Jetta nos EUA será equipado com seu mais recente motor 1.4 TSI. Com turbo e injeção direta de combustível, ele entrega até 150 cv a 5.000 rpm e 25,4 kgfm de torque a 1.500 rpm. O sedã nos EUA poderá receber a transmissão manual de 6 marchas em sua configuração de entrada ou um novo câmbio automático de 8 marchas. Até o momento a Volkswagen não citou a presença do motor 2.0 TSI na nova geração do Jetta, pelo menos no sedã oferecido nos EUA. Talvez essa proximidade em porte com o Passat europeu possa fazer com que a VW deixe de oferecer a motorização 2.0 TSI no Jetta, deixando-a como uma exclusividade do sedã médio-grande até para diferenciar os modelos. Vamos aguardar um posicionamento oficial da Volkswagen sobre o assunto.
O Jetta 2019 começa a ser vendido neste trimestre no México e, nos EUA, o sedã chegará às concessionárias a partir do segundo trimestre. Procurada pelo Autoo, a Volkswagen ainda não informou uma previsão de lançamento da nova geração do Jetta por aqui. Já se sabe, contudo, que a chegada do Jetta 2019 ao Brasil é certa e deverá ocorrer ainda neste ano assim como nos mercados da América do Norte.