Ford Maverick e Honda City híbridos ficam distantes do Brasil
Fabricantes não confirmam oferta por aqui das interessantes opções eletrificadas dos dois modelos
Enquanto o tema da eletrificação é uma realidade no exterior e começa a ganhar força no Brasil, ao que tudo indica tanto a Ford quanto a Honda não estão tão empolgadas assim em oferecer as interessantes configurações híbridas de Maverick e City em nosso país. Ao menos por enquanto.
A Ford promoveu nesta semana a primeira apresentação da Maverick no Brasil, picape que chegará efetivamente ao mercado no primeiro trimestre do ano que vem.
Questionada pelo AUTOO, a fabricante frisou que apenas o catálogo Lariat FX4, com motor 2.0 turbo, será o escolhido para marcar a estreia da picape em nosso mercado.
Nos EUA, a Maverick híbrida chamou a atenção não só pelo valor competitivo, abaixo de US$ 20 mil por lá, bem como as excelentes médias de consumo, o que a torna uma pedida singular dentro da categoria.
A Ford, entretanto, não descarta a eventual importação da Maverick eletrificada, segundo apuramos, mas tudo vai depender da aceitação da picape por aqui, bem como o monitoramento que a marca fará do mercado.
Já na gama Honda, por sua vez, a nova geração do City fabricada no Brasil estreou sem sequer uma menção ao catálogo híbrido i-MMD, que já é comercializado em alguns mercados da Ásia.
Tanto o hatchback quanto o sedã produzidos no interior de São Paulo contarão inicialmente apenas com o motor 1.5 16V dotado de injeção direta. Associado ao câmbio automático CVT, a combinação mecânica será comum para os dois tipos de carroceria e estará presente em todas as versões do modelo.
O City híbrido asiático, como reportamos, mescla um motor 1.5 térmico com outros dois propulsores elétricos, sendo capaz de alcançar um consumo médio combinado entre cidade e estrada da ordem de 27 km/l.
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Como os motores elétricos destacam-se pelo fato do torque máximo ser oferecido a todo momento, o City híbrido entrega bom nível de desempenho, reportam veículos de imprensa especializados de países como Malásia e Tailândia, onde o modelo é oferecido.
De forma oficial, a Honda cita apenas que “não comenta sobre planos futuros”, o que torna bastante vaga qualquer aposta para recebermos o City híbrido em nosso mercado.
Contudo, vale lembrarmos, a Nissan tem nos planos nacionalizar seu conjunto propulsor híbrido e-Power, provavelmente lançando a novidade no Kicks, enquanto a Toyota já produz em São Paulo o Corolla e o Corolla Cross com propulsão híbrida flex.
Portanto, caso queira investir, a Honda já tem no exterior a solução pronta para o City nacional.
Voltando para a Ford Maverick, talvez a ausência do sistema de tração integral na configuração híbrida da picape pode ser algo que a marca pondere para importar ou não as versões mais acessíveis ao país.
Outro ponto é que a estratégia da Ford para a Maverick no Brasil deverá passar por um posicionamento de mercado acima da Toro, portanto em uma faixa de preço superior e que torne possível um retorno financeiro maior para a empresa.
De qualquer forma, tanto no caso da Ford Maverick quanto do Honda City, vale a pena deixarmos no radar qualquer possibilidade de oferta dos respectivos catálogos híbridos também aqui no Brasil. Além de extremamente eficientes, seriam duas ótimas opções para ajudar na difusão da tecnologia em nosso mercado.