Veja o Dodge Polara 0 km de R$ 300 mil que tem até plásticos costurados nos bancos
Unidade tem só 31 km rodados e ficou guardada em um galpão sobre cavaletes por mais de 40 anos
O Dodge 1800/Polara foi lançado às pressas em 1973, um período recheado de grandes novidades como o Chevrolet Chevette e VW Brasilia. Com isso, a Chrysler do Brasil precisou se mexer, pois, ainda havia a crise do petróleo que a “obrigou” a investir em carros mais baratos e acessíveis.
Quando chegou às lojas, o sedã 1800 teve vários problemas com a suspensão, motor e detalhes no acabamento recebendo críticas de clientes insatisfeitos e da mídia especializada. Após aperfeiçoado, a empresa o rebatizou de Polara que passou a vir com faróis quadrados, ao invés de duplos redondos.
Apesar do sucesso de 92.665 carros fabricados entre 1973 e 1981, o “Dodginho” deixou o mercado, por conta da decisão da Volkswagen que controlava a marca desde 1979. Para ela, fazia sentido focar só nos caminhões da marca norte-americana que davam mais lucro.
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Este Dodge Polara GL que você vê nas fotos, pintado na cor bege Camurça, é do último ano de produção, 1981, e, de acordo com o comerciante Alex Fabiano, o “GG” da GG World Premium Classic Cars, trata-se de um modelo realmente 0 km, “o único existente no Brasil”.
“Nós adquirimos o Polara de um colecionador que o guardou por todo esse tempo. Nós o vendemos para outro cliente e depois acabou voltando para a nossa loja. Acredito que seja o único 0km mecânico do Brasil. Tínhamos um outro com 3 mil km, só que automático”, explica o empresário.
Com o tempo, mesmo sem uso, é natural aparecer algum detalhe na pintura ou acabamento interno, mas o estado do Polara é sem igual. Não tem detalhes e é “simplesmente espetacular”, nas falas do GG. Até mesmo os pneus originais estão intactos.
Na parte externa, a bela tonalidade convive muito bem até hoje na companhia dos apliques cromados das calhas, molduras e para-choques, assim como as calotas em aço escovado, devidamente preservadas.
Ao abrir o capô, o motor 1.8 de quatro cilindros (93 cv a 5.000 rpm e 15,5 kgfm a 3.500 rpm) parece ter acordado após uma “hibernação” de mais de 40 anos. Exceto a bateria, todos os demais componentes ainda são originais, incluindo o radiador que ostenta o logotipo em formato de pentágono da Chrysler.
“O motor está em estado impecável e fizemos uma revisão. Movimentamos ele para a frente e para trás para não dar quilometragem e é até engraçado isso; mas o mais importante; o carro é tem que ser funcional”, diverte-se o dono da loja.
Internamente, o zelo também foi seguido à risca. Combinando à lataria, toda a forração monocromática em veludo e carpete na cor bege e marrom casam muito bem com os apliques cromados dos frisos e manivelas. Com um olhar incrédulo, nos deparamos com o hodômetro marcando apenas 31 km.
Outra curiosidade, segundo Alex Fabiano, é que antigamente os plásticos de proteção dos bancos dos veículos da Chrysler eram costurados. O deste Dodginho, em especial, estão preservados, exceto o do motorista que está um pouco rasgado, indicando o banco que mais foi “usado”.
Em se tratando de um exemplar único, o preço pedido pelo Dodge Polara GL 1981 é de R$ 300 mil. E você, entusiasta e colecionador? Encara?
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