Vale a pena comprar um carro que vai mudar em breve ou vou perder dinheiro?
Estudo da KBB Brasil ajuda a responder a dúvida que incide em muitos consumidores nessa situação
Ao longo do segundo semestre deste ano teremos uma série de novidades relevantes despontando no mercado automotivo nacional. Novidades como a 12ª geração do Toyota Corolla, o novo Chevrolet Onix Sedan, entre outros certamente vão agitar o mercado.
Porém muitos consumidores se questionam qual é o momento certo para adquirir determinado modelo que será profundamente atualizado em breve: é melhor esperar a nova geração ou, pensando na revenda, vou perder muito dinheiro ao escolher o carro vendido hoje em dia nas concessionárias?
Antes de tudo, é importante ter em mente qual é o seu perfil, ou seja, se você faz questão de usufruir dos recursos mais avançados em termos de conectividade ou eletrônica embarcada então é melhor mesmo destinar seu dinheiro à próxima geração do modelo que você deseja comprar. Além disso, geralmente quanto mais atual é determinado veículo, melhores soluções mecânicas e estruturais ele vai oferecer, o que reflete em motores mais eficientes e econômicos, bem como uma carroceria capaz de oferecer mais proteção aos ocupantes.
Há quem seja mais pragmático e está de olho apenas no preço do carro, logo, ao optar por um modelo que está prestes a ser substituído por uma nova geração, pode proporcionar bons descontos e algumas vantagens na hora da negociação. Mas como fica a questão da desvalorização?
Um interessante estudo publicado pela KBB Brasil nos permite analisar de uma forma objetiva essa questão. A empresa tomou como base um Toyota Corolla XEi e analisou a trajetória do carro no Brasil, levando em consideração momentos em que o sedan passou por evoluções profundas (2003, 2008 e 2015) e momentos em que apenas alterações pontuais foram registradas, como aprimoramentos de motor e câmbio (2011) ou nível de equipamentos (2018). No gráfico abaixo, esses momentos aparecem destacados em azul (mudanças profundas) e verde (mudanças menores).
“O que podemos inferir a partir deste estudo de caso do Corolla é que o impacto da renovação de um modelo causa um efeito imediato nos preços da geração que está deixando o mercado de carros 0 km, porém não existem consequências sobre a sua taxa de desvalorização média anual. Isso significa que, independentemente do surgimento de uma geração mais nova no mercado, a desvalorização das anteriores não muda, seguindo o mesmo padrão antes da nova ser lançada. O que influencia a taxa de desvalorização de uma geração é o seu próprio desempenho no mercado (volume de vendas, aceitação dos consumidores, credibilidade, liquidez, etc.). Por isso, nem sempre a geração atual é a que menos desvaloriza, como mostra a tabela abaixo relativa ao Corolla XEi”, explica a KBB Brasil.
“A partir dos levantamentos apresentados, é possível notar que, quando uma nova geração é lançada por uma fabricante, a anterior é impactada com uma queda em seus preços absolutos. Logo, este momento de transição pode, sim, ser uma boa oportunidade para os consumidores adquirirem o veículo com uma boa dose de barganha, caso não se importem em não em comprar um veículo prestes a estar desatualizado”, conclui a empresa responsável pelo estudo.