Três anos atrasada, Peugeot começa a produzir o 2008 reestilizado

SUV compacto exibirá nova grade que estreou na Europa em 2016, mas com soluções próprias também
Peugeot 2008 2020

Peugeot 2008 2020 | Imagem: Divulgação

Finalmente a Peugeot mexeu no visual do SUV 2008. O modelo, que foi lançado no Brasil em 2015, recebeu uma reestilização que entrou em produção nesta semana na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro, e deve chegar às lojas nas próximas semanas. A novidade, no entanto, já “esfriou”: o utilitário esportivo nacional está três anos atrasado em relação ao seu irmão europeu que mudou em fevereiro de 2016.

O consolo é que o 2008 brasileiro ganhou um para-choque exclusivo e mais volumoso que o francês. Nele, a moldura dos faróis de neblina tem formato mais vertical além de moldura em preto na grade inspirada no irmão maior, o 3008. Já o conjunto óptico é o mesmo, inclusive com o característico “dente” inferior.

A Peugeot, no entanto, não forneceu mais detalhes do SUV se limitando a dizer que o modelo faz parte da estratégia de elevar as vendas em 70% até 2021. Crescimento esse que significaria voltar ao mesmo patamar do começo da década, diga-se de passagem.

Embora não se saiba muito sobre o carro, é certo que ele se aproveitará de alguns avanços obtidos pelo C4 Cactus, da Citroën. Entre eles, espera-se que finalmente o SUV consiga usar o motor 1.6 THP (turbo) com a transmissão automática de seis velocidades, hoje impossível porque, segundo uma fonte na montadora, o conjunto não cabia no cofre do motor.

 

A fábrica de Porto Real comemora a produção do novo 2008
A fábrica de Porto Real comemora a produção do novo 2008
Imagem: Divulgação

 

Nova geração na Europa

A situação do 2008 no mercado brasileiro é crítica. Desde seu lançamento, o Peugeot acumula 39 mil emplacamentos. Lançado na mesma época, o Honda HR-V já teve 214 mil unidades vendidas mesmo sendo mais caro.

É um mistério compreender como um produto de tão baixa demanda justifica uma linha de montagem nacional. A Peugeot diz ter investido R$ 30 milhões nesse projeto de atualização, o que teria consumido R$ 770 de cada 2008 vendido até aqui.

Embora tenha um pacote técnico respeitável, o 2008 não tem convencido o consumidor brasileiro que o colocou apenas na 10ª posição no ranking de vendas do segmento e que deve perder em breve para o T-Cross, da Volkswagen.

A falta de sincronia com a Europa também prejudicou sua carreira. Enquanto o 2008 francês estreou em 2013, a versão nacional só chegou às lojas brasileiras dois anos depois. Agora, o modelo reestilizado deverá ficar desatualizado em relação à Europa em 2020 quando a matriz da Peugeot lançará a segunda geração do utilitário esportivo.

 

Acima o Peugeot 2008 com facelift, que circula na Europa desde 2016
Acima o Peugeot 2008 com facelift, que circula na Europa desde 2016
Imagem: Divulgação

 

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