Trailblazer: maior que o Tracker e possível rival do Compass, novo SUV agrada nos EUA
Modelo da Chevrolet é o SUV mais barato da marca no mercado norte-americano, uma vez que o Tracker não é oferecido por lá
No final de 2019, a Chevrolet apresentou na China um novo Trailblazer. Apesar do nome, este novo SUV nada tinha de relação com o modelo homônimo oferecido no Brasil e baseado na caminhonete S10. O Trailblazer era um SUV compacto, mas de maior porte em relação ao Tracker. A novidade está chegando agora ao mercado norte-americano.
Por lá, o Chevrolet Trailblazer será o menor SUV da marca, uma vez que o nosso Tracker não é oferecido por lá. A novidade é levemente maior que o modelo produzido em São Caetano do Sul (SP). Tendo 4,40 m de comprimento e 2,64 m de entre-eixos, o Chevrolet Trailblazer seria um bom rival para o Jeep Compass aqui no Brasil.
A marca não tem nenhuma oferta entre o Tracker e o Equinox. No entanto, informações da mídia argentina dão conta de que a Chevrolet estaria interessada em produzir mais um carro “de alto valor agregado” por lá e tal modelo poderia ser exatamente o Trailblazer, que entraria em uma das fatias mais disputadas do segmento dos SUVs.
Enquanto a novidade não é confirmada para cá, os norte-americanos já estão andando com o novo Trailblazer e estão gostando. O site Carscoops foi um deles e, apesar de o utilitário esportivo ser considerado um modelo de entrada por lá, foi elogiado por seu conjunto relativamente espaçoso e uma boa lista de equipamentos de série.
O carro avaliado era da versão RS, uma das mais caras e completas, além de dar um visual esportivo ao Chevrolet Trailblazer. Em tal configuração o carro sai por US$ 31.000 (R$ 162,7 mil). No entanto, a versão de entrada da novidade nos EUA custa US$ 19.995 (R$ 104,9 mil), fazendo do SUV um dos carros mais baratos da marca no mercado norte-americano.
Entre os pontos positivos apontados pela mídia dos EUA estava o visual. O Chevrolet Trailblazer traz linha fortes e uma larga coluna C, evocando esportividade mesmo sem o pacote RS. Outras adições, como rodas de 16 a 18 polegadas e a opção de teto e cor contrastante reforçaram essa impressão na opinião dos norte-americanos.
O aproveitamento de espaço interno foi considerado muito bom para um modelo do segmento compacto nos EUA. Apesar de o banco traseiro ser mais recomendável para até dois adultos, o porta-malas de até 716 litros colocaram o Chevrolet Trailblazer à frente de rivais da mesma categoria por lá. A qualidade dos materiais da cabine também estava dentro do esperado para o segmento, com excesso de uso de plásticos duros.
A quantidade de equipamentos disponíveis para o Chevrolet Trailblazer também impressionou os norte-americanos. Nos EUA, o SUV pode trazer itens como central multimídia com tela de 8 polegadas, controle de cruzeiro adaptativo, teto-solar panorâmico com acionamento elétrico, frenagem autônoma de emergência, monitor de ponto cego e assistente de permanência em faixa.
Quanto ao conjunto mecânico, o Chevrolet Trailblazer tem três opções nos EUA. As versões de entrada trazem o mesmo 1.2 tricilíndrico turbo do Tracker nacional. Rodando apenas com a gasolina de lá, gera 139 cv de potência e 22,3 kgfm de torque. Ele é acoplado exclusivamente a uma transmissão automática de relações continuamente variáveis (CVT) e tem tração apenas dianteira.
Também é oferecido um motor 1.3 turbinado de três cilindros. Nesse caso, entrega 157 cv de potência e 24 kgfm de torque. Tal motor traz o câmbio CVT com tração dianteira, mas opcionalmente pode-se obter tração integral em conjunto com uma transmissão automática convencional de nove velocidades.
O carro avaliado pelo Carscoops tinha o motor maior e câmbio CVT. A Chevrolet foi elogiada pela coragem de equipar o Trailblazer nos EUA apenas com pequenos motores de três cilindros. No entanto, recomenda que os compradores repensem suas expectativas. Apesar de o 1.3 do carro avaliado ir bem nas tarefas urbanas do dia-a-dia, acaba por ser apenas "ok" em acelerações e retomadas mais exigentes.
Enquanto o câmbio CVT do modelo testado surpreendeu pela suavidade de operação, não deixando a má impressão de ganho de giro sem aceleração do carro, o mesmo não foi dito do sistema Start/Stop do carro. De acordo com a publicação norte-americana, rivais do mesmo segmento oferecem soluções menos intrusivas na operação.
Outro elemento que foi criticado no Chevrolet Trailblazer foi a suspensão. Enquanto na maior parte do tempo oferece um rodar adequado, não lida tão bem com superfícies mal cuidadas e buracos, transferindo um pouco dos impactos à cabine. Já sobre a condução no geral, foi descrita como previsível e segura, mas sem entregar muito no sentido de esportividade, ao mesmo tempo em que a direção pareceu artificial.