Teste rápido com o Lifan 530
Sedã compacto chinês oferece bom pacote de equipamentos por um preço interessante, mas derrapa no acabamento
O sedã 530 é o terceiro modelo da Lifan a desembarcar no Brasil. A marca chinesa conseguiu fazer um sedã compacto com linhas bonitas e harmoniosas e incluiu um pacote de equipamentos generoso, para tentar repetir com o consumidor o sucesso que teve com o SUV X60 - que tornou-se o veículo mais vendido no País por uma montadora chinesa. Montado no Uruguai, o sedã parte dos R$ 38.990, mas a versão avaliada pelo AUTOO foi a Talent, mais completa, que custa R$ 40.990. Vele a pena encarar o chinesinho?
Serve pra quem?
O Lifan 530 irá atender a famílias que, primeiramente, não tenham preconceito com veículos chineses. Embora a Lifan esteja no caminho certo em suas operações no País e muito já tenha melhorado nos produtos, o mau acabamento persiste. Caso isso não seja determinante para desistir da compra e você almeje ter na garagem um sedã compacto com visual agradável, quer mais do que oferecem os motores 1.0 (ele vem equipado com motor 1.5), adoraria uma central multimídia com tela sensível ao toque e GPS integrado, mas está com o orçamento limitado, o 530 pode ser o que você procura. Há espaço para cinco adultos sem aperto e a boa notícia para quem vai atrás é que o assoalho é plano, não há o túnel atrapalhando o espaço para as pernas. No porta-malas, cabem 475 litros de bagagem.
Como anda?
Antes de ligar o carro, levei um tempo para me entender com o posicionamento de banco alto e volante baixo, mesmo recorrendo aos ajustes de altura. Quanto ao desempenho, o motor 1.5 VVT, que produz 103 cv de potência a 6.000 rpm e 13,6 kgfm de torque de 3.500 a 4.500 giros, cumpre com o esperado, especialmente para rodar na cidade. Ele é acoplado a um câmbio manual de cinco marchas. A embreagem, todavia, me pareceu alta demais. Para filtrar melhor os buracos dos trechos urbanos, um ajuste mais refinado na suspensão cairia bem, assim como um melhor acerto na direção elétrica.