Híbrido a etanol está nos planos da Stellantis para o Brasil
Eletrificação dos modelos do grupo deve apostar no uso do combustível de origem vegetal
Os motores somente a etanol tiveram um certo sucesso nos anos 1980, mas perderam terreno com o passar dos anos, até sumirem por completo nos anos 2000, quando a tecnologia flex foi introduzida.
Porém, esses propulsores podem ganhar uma sobrevida com a eletrificação para serem utilizados nos futuros modelos híbridos da Stellantis.
Na semana passada, o conglomerado dono de Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e diversas outras marcas, anunciou seus planos futuros para a América do Sul.
Até 2025, serão 23 novos modelos lançados na região, sendo que sete deles serão híbridos. E algum desses carros deverá ser o escolhido para utilizar o motor híbrido a etanol.
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Porém, esta será uma solução pensada exclusivamente para o mercado brasileiro, já que o etanol é utilizado em boa parte do território nacional, enquanto outros países do continente centram suas matrizes de combustíveis automotivos majoritariamente na gasolina e no diesel.
A vantagem é que o etanol tem níveis de emissões consideravelmente menor, o que permite que futuras normas mais exigentes sejam alcançadas no Brasil, mesmo com um uso menor de carros elétricos.
De acordo com a Stellantis, a eletrificação na América do Sul ainda requer grandes desafios, já que o custo das baterias é alto e ainda não é viável estabelecer uma operação local para a produção delas. Dessa forma, o processo de eletrificação total da gama na região será mais lento que em outros mercados, mas ao menos no Brasil haverá a opção do motor híbrido a etanol já nos próximos anos.