Spin é a minivan duas em uma da Chevrolet
Modelo assumirá lugar da Meriva com versões de 5 e 7 lugares e preços entre R$ 44.590 e R$ 54.690
A popularidade das minivans foi efêmera no Brasil. Depois de uma fase de destaque no começo da década de 2000, elas têm penado com a concorrência dos utilitários esportivos e de seus “derivados” mais urbanos, os crossovers. E não há nenhum mistério nisso. Um ix35, por exemplo, cumpre quase todas as tarefas de uma Zafira, exceto no quesito versatilidade - e esses modelos são bem mais atraentes para os consumidores.
Mas seu destino não é tão amargo quanto o das peruas, que foram reduzidas a um nicho quase invisível. As minivans têm um público cativo, que gosta da sua praticidade, posição de dirigir mais alta e espaço interno, mas cada vez mais fica claro que a faixa de preço de maior potencial está em torno de R$ 50 mil, o que significa ser o passo seguinte de quem tem um sedã compacto e tem uma família em crescimento.
Leia também: Chevrolet revela o Trax, o rival do novo Ford EcoSport
É com essa receita que a Nissan faz sucesso com a Livina e sua irmã maior, a Grand Livina, um produto mais simples e racional, que abre mão da beleza em favor de soluções práticas.
A General Motors, embora não admita, seguiu a mesma fórmula ao desenvolver a minivan Spin. O modelo – que a montadora chama de MPV, ou veículo multiuso – abandonou o formato monovolume para investir num design mais robusto, que flerta com a ideia dos utilitários esportivos. Por isso, a frente é alta e volumosa e a traseira tem um corte quase vertical.
Ao vivo, a Spin não chega a encher os olhos, a frente é o ponto mais agradável, e é bem mais aceitável que seu irmão sedã, o Cobalt, com o qual compartilha muitas peças, como câmbio e suspensão.
Veja também: GM inicia produção da nova Blazer na Tailândia
Mas, ao contrário do três-volumes, a minivan usará apenas o motor 1.8 8V Econoflex, uma evolução dos motores produzidos no País. Diferentemente da linha Ecotec, que equipa Cruze e Sonic, o propulsor é mais simples e privilegia o torque, que chega a 17,1 kgfm com etanol, maior que o 1.6 16V do compacto coreano, para dar um exemplo. Mas a potência nominal é baixa, de apenas 108 cv, 32 cv a menos que o Ecotec 1.8.
Sempre a classse C
Os boatos que surgiram antes da revelação já indicavam que a Spin teria uma versão com 7 lugares, a exemplo da Grand Livina. A princípio, pensou-se que ela serviria como sucessora da Zafira, além da Meriva, mas a Spin não chega a tanto. Diferentemente da Nissan, a Chevrolet não criou uma versão alongada da minivan para acomodar a terceria fileira de assentos. Em vez disso, fez algo parecido com a JAC e a J6: desenhou o carro com 7 assentos e criou uma versão com apenas 5 lugares.
Com preços entre R$ 44.590 e R$ 54.690, a Spin mira apenas nas minivans e monovolumes como a já citada Livina, o Honda Fit e o Fiat Idea. Como vantagens estão a transmissão automática de seis velocidades – outro equipamento compartilhado pela marca.
Saiba como se comportou o novo Chevrolet Sonic na avaliação de AUTOO
Essa estratégia deixa claro que a GM quer conquistar um consumidor que estreou entre os modelos zero-km com um compacto e agora busca um produto mais espaçoso. E para o lugar da Zafira, que continuará em produção por enquanto? Provavelmente, o crossover Trax, rival do EcoSport, que chega em 2013 numa faixa de preço acima da Spin.
Também não se pode ignorar o potencial de vendas para frotistas e taxistas, segmentos em que a GM tem tradição com a Meriva e, agora, com o Cobalt. Afinal, cliente é cliente.
Veja os preços das versões
Modelo | Versão | Preço |
Chevrolet Spin | LT manual (pacote 1) | R$ 44.590 |
Chevrolet Spin | LT manual (pacote 2) | R$ 45.990 (rodas de liga leve e Bluetooth) |
Chevrolet Spin | LT automática (pacote 3) | R$ 49.690 |
Chevrolet Spin | LTZ manual (pacote 1) | R$ 50.990 |
Chevrolet Spin | LTZ automática (pacote 2) | R$ 54.690 |