Sentra ganha novidades para ser líder do segundo pelotão
Sedã médio mexicano só não vende mais que Civic e Corolla no Brasil, mas já foi mais barato
O mercado dos sedãs médios é um dos mais concorridos de todo mercado e é totalmente dominado pelos japoneses, com Toyota Corolla, Honda Civic e Nissan Sentra no topo da lista. Ainda assim, para manter a posição conquistada este ano, a Nissan trouxe do México novidades para a linha 2016 do Sentra, a principal a série especial Unique - que, a bem da verdade, já existiu na geração anterior.
Entre as principais diferenças estão o acabamento mais requintado, interior com tons claros e acessórios como soleiras das portas iluminadas, tapetes e rodas esportivas exclusivas, entre outros itens. O Sentra 2016 também introduziu controles de tração e de estabilidade e a plataforma de mídias sociais Nissan Connect. Os preços do sedã médio começam em R$ 69.190.
A Nissan aprimorou a conectividade com o sistema Nissan Connect como item de série para a versão SL e a série especial Unique. O pacote de serviço do Nissan Connect é gratuito para os primeiros três anos após a data de compra do carro. É importante ressaltar que o funcionamento depende da compatibilidade do smartphone com o pacote de dados e do cadastro no app.
Versão Especial Unique
A maior novidade da linha 2016 é a série especial Unique, que tem o preço de R$ 87.490. Baseada na versão SL, a versão tenta atrair para a marca uma clientela que hoje busca mais requinte. Por R$ 5 mil a mais, há o acréscimo de itens estéticos atraente, além de vidros eétricos automáticos nas quatro portas.
O AUTOO andou na nova versão, que ficou muito mais agradável, com o interior claro, e a dirigibilidade contínua um ponto forte do modelo, agora reforçada pelos sistemas de estabilidade. Falta ao modelo, no entanto, um motor mais eficiente. O 2.0 16V de 140 cv não chega a empolgar e tem um consumo acima do esperado pelo que entrega. A transmissão CVT cumpre seu papel, é verdade, mas limita o sedã a uma tocada burocrática.
A Nissan acerta mesmo é em oferecer equipamentos que em rivais são apenas opcionais quando muito. Partida por botão, ar-condicionado de zona dupla, central multimídia e teto solar são raridade no segmento. Se você procurar algo parecido no Jetta, por exemplo, não vai encontrar – ou paga mais pelo Highline, com motor e câmbio superiores ou se contenta (por enquanto) com o 2.0 de 120 cv. No Cruze, os preços são levemente maiores para um carro com motor 1.8.
Não é à toa que o Sentra virou o mais vendido sedã do ‘segundo pelotão’. Sem contar Corolla e Civic, que vendem em outro patamar, o Nissan está quase mil unidades à frente do Cruze e distante de nomes fortes como o Jetta e o Focus Sedan (que, aliás, a Ford irá relançar este mês como Focus Sportback, para tentar tirá-lo do limbo).
A questão é que a diferença de preço do Sentra para esses rivais já foi maior, o que facilitava a decisão. Hoje esse ‘gap’ é pequeno, fruto provalvemente do bom desempenho de vendas. Sorte da Nissan, que traz o modelo do México por um custo de produção teoricamente inferior aos carros produzidos aqui, e sem pagar imposto de importação, afinal a montadora é a que tem a maior cota entre os modelos mexicanos.