Seminovos de até dois anos valorizaram na crise
Estudo dividido em dez categorias revelou valorização da maioria dos veículos usados nos últimos 45 dias
![Volkswagen Gol 2019](https://www.autoo.com.br/fotos/2018/7/1280_960/volkswagen_gol_2019_1_28072018_10163_1280_960.jpg?w=1140")
Enquanto a pandemia da Covid-19 tem causado o fechamento de fábricas e concessionárias de veículos, gerando fortes quedas no mercado de carros 0 km, o distanciamento social acabou tendo ao menos um ponto positivo. Um estudo realizado pela Kelley Blue Book (KBB) Brasil mostrou que seminovos com até dois anos de uso mostraram valorização.
O estudo abrange a variação diária de preços dos últimos 45 dias, ou seja, de 14 de março a 30 de abril, representando a última quinzena antes das medidas restritivas de circulação até o final do mês passado. Ao total, foram coletadas informações de 22.440 versões, divididas em 10 categorias.
Entre os hatchbacks, por exemplo, foi observada uma valorização média de 0,76% nos últimos 45 dias. Isoladamente, o mês de abril viu uma valorização de 2,25%. Para o competitivo segmento dos SUVs, a valorização dos modelos seminovos com até 2 anos de uso, foi de apenas 0,03% nos últimos 45 dias. As picapes leves tiveram valorização média de 1,43% no período.
Segundo a KBB, entre os automóveis, esta tendência de valorização pode ser explicada pelo possível movimento de consumidores prestes a comprar carros 0 km, mas que, por conta da crise, estão mais cautelosos. Logo, modelos seminovos, com maior apelo entre custo e benefício, tornam-se mais vantajosos.
No entanto, as categorias de furgões e minibus para transporte de passageiros tiveram valorização grande no mês de abril. Usados comercialmente para levar carga, foi observado um aumento de 3,27% nos preços de furgões seminovos com até dois anos de uso no mês passado.
Para os modelos de transporte comercial de passageiros, esse número foi de 6,44% no período. Essa tendência de alta também pode ser explicada, de acordo com a KBB, pela demanda de serviços de logística e entrega, que conseguem, até certa medida, continuar funcionando normalmente durante a pandemia.
