Sem alarde, Lifan vende como suas rivais chinesas no Brasil
Com planos mais realistas, montadora tem apenas três modelos à venda e superou as rivais Chery e JAC em novembro
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Lifan X60 2016 | Imagem: Divulgação
Se fosse uma corrida de cavalos, a Lifan seria o famoso ‘azarão’. Quem apostaria numa marcha chinesa cujo modelo mais conhecido era um clone bem rudimentar do Mini Cooper? Quando chegou, em 2010, a fabricante participou do Salão do Automóvel com um sósia do personagem Mr. Bean ao lado do 320, o tal ‘Mini’ chinês.
Nem por isso as vendas decolaram e a fase em que foi representada pelo grupo uruguaio Effa foi tão ruim que a matriz decidiu assumir a missão de impedir um desastre no país. Agora, três anos após a mudança de bastão, a montadora comemora um feito: vendeu mais que suas rivais chinesas, a Chery e a JAC.
Foram 450 unidades emplacadas em novembro contra 350 da Chery e 288 carros da JAC. No acumulado do ano, a marca segue atrás delas, mas comemora o fato de ter crescido 1,4% num mercado em franca queda.
O fato é ainda mais relevante se levarmos em conta que a Lifan nunca chegou a anunciar planos ambiciosos no Brasil como suas conterrâneas. A marca até disse em algumas ocasiões que tem interesse numa linha nacional, mas por ora monta alguns modelos no Uruguai.
Linha renovada
O principal responsável pela virada chama-se X60. O SUV compacto chegou ao Brasil em 2013 e deste então responde pelo grosso das vendas. Após ele, a Lifan lançou também um utilitário, o Foison, e um sedã compacto, 530. Em 2016, a expectativa é passar a importar o X50, um aventureiro de linhas atraentes. Quanto ao ‘Mini Cooper’ chinês? Somente em reprises em lojas de usados, assim como o programa de Mr. Bean.