Confira o que você deve saber antes de comprar um VW T-Cross usado
Concorrente do Creta, HR-V, Kicks, Renegade e EcoSport, SUV custa menos que um Hyundai HB20 novo
O Volkswagen T-Cross surgiu por aqui em 2019 com a missão de disputar mercado com outros SUVs compactos como Hyundai Creta, Honda HR-V, Nissan Kicks, Jeep Renegade e Ford EcoSport, este último descontinuado em 2021.
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Produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR), o modelo global é montado na plataforma MQB (mesma do Polo, Virtus e Tiguan), mas com algumas mudanças em relação ao modelo europeu, visando atender o gosto brasileiro e sul-americano.
Entre as opções, o T-Cross conta desde o seu lançamento com quatro versões: 200 TSI, com motor 1.0 de três cilindros de 128 cv e só com câmbio manual (até 2021), 200 TSI Automático, com a transmissão automática de seis marchas, Comfortline 200 TSI Automático e, por fim, Highline 250 TSI Automático, equipada com propulsor 1.4 de quatro cilindros e 150 cv.
Bem equipado desde a versão de entrada, o SUV já traz seis airbags, Controle de Estabilidade (ESC), freios a disco nas quatro rodas, bloqueio eletrônico do diferencial (XDS+), direção elétrica, assistente para partida em rampas (Hill Hold), luzes de condução diurna em LED, lanternas traseiras em LED, sistema ISOFIX para fixação de cadeirinhas infantis e muito mais.
No entanto, piloto automático, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros, ar-condicionado digital só a partir das versões intermediárias. A topo de linha agrega bancos de couro, retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos com rebatimento elétrico, iluminação ambiente em led, detector de fadiga, chave presencial, sistema start-stop, sensor de chuva e faróis automáticos. Opcionalmente, traz teto solar panorâmico.
A grande vantagem de adquirir o modelo é que ele ainda tem “cara” de carro 0km, pois não passou por nenhuma reestilização, por menor que seja. Outro ponto a favor é a segurança. Antes mesmo de seu lançamento por aqui, o SUV da Volkswagen ficou entre os mais seguros do segmento nos testes de impacto do Latin NCAP.
O aproveitamento de espaço interno é satisfatório para uma família pequena. Os 4,19 m de comprimento e 1,76 m de largura contribuem para o porta-malas comportar razoáveis 373 litros, mas é superior ao Chevrolet Tracker que tem 306 litros, mas inferior ao do Ford EcoSport (356 litros), Hyundai Creta (431 litros), Nissan Kicks (432 litros).
Já a distância de entre-eixos de 2,65 m e altura de 1,56 m ajudam no melhor aproveitamento de espaço interno, incluindo os passageiros de trás. A exceção fica para o passageiro do meio que precisa “brigar” por melhor espaço, ocupado pelo elevado túnel central.
Outro ponto a favor está na extensa rede de autorizadas por todo o país. São cerca de 500 unidades espalhadas por toda a rede nacional, segundo a montadora alemã.
Além disso, o T-Cross obteve classificação 13 - o melhor índice de reparabilidade em sua categoria - no ranking publicado pelo Car Group do CESVI Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária). Isso na prática significa que o crossover possui o reparo mais fácil e barato, levando em conta os custos da reparação, os tempos de substituição e a cesta básica de peças.
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
1-Excesso de plásticos
O acabamento do T-Cross não é dos melhores na categoria. O excesso de plásticos no painel, console e forrações de porta é constantemente reclamado por donos que pagaram caro na época por ele. Considerando essa “falha”, avalie riscos ou marcas sobre o material que vai indicar um dono mais zeloso ou não.
2-Ruídos
A consequência do abuso de plásticos por todo o interior do veículo traz irritação dos proprietários quanto aos barulhos, mesmo em modelos mais bem cuidados. A dica para sanar esse desconforto é levar em oficinas especializadas em tirar ruídos. Se tiver um pouco de prática, você mesmo pode remover toda a forração de porta e painel e aplicar um feltro adesivo ou espuma.
3-Recalls
Com o número do chassi em mãos, verifique junto ao site da Volkswagen se o modelo já passou pelos serviços de inspeção e ou substituição de itens como eixo traseiro, fixação das bieletas, retrovisores e apoio de cabeça central traseiro.
4-Faróis
Assim como acontece com outros veículos da montadora alemã, os faróis do T-Cross causam embaçamento, fato que, inclusive, foi retratado no site Reclame Aqui no dia 26/5/22 por um cliente de Porto Alegre (RS). Em resposta à reclamação, a Volkswagen comentou.
“Informamos que o seu veículo, acima identificado, foi avaliado pela concessionária, com acompanhamento do nosso corpo técnico e identificamos que os faróis podem apresentar uma condensação interna que desaparece conforme o aquecimento da lâmpada, sendo essa uma condição normal do seu Volkswagen”.
5-Central Multimídia
Disponível a partir da linha 2021 - em agosto - do T-Cross, a central multimídia VW Play que estreou no Nivus costuma superaquecer, travar, sofrer apagões aleatórios e até reiniciar o sistema sozinho.
Apesar da Volkswagen ter comentado que vem atualizando o sistema, as falhas continuam, conforme um relato, feito no dia 31/1/2023 no site Reclame Aqui por um proprietário de Curitiba (PR).
Veja a resposta na íntegra da montadora: “o VW Play vem recebendo atualizações de seu sistema operacional. A primeira geração de atualização ocorreu em setembro e, em breve, novas atualizações estarão disponíveis, trazendo novos recursos e proporcionando melhorias de performance no sistema”,
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
A Volkswagen dá garantia de três anos. Nessas condições, a partir de 2020 ainda tem a cobertura oferecida. No caso das versões em especial, cada uma tem o seu público.
Por exemplo, quem gosta de uma tocada mais esportiva, mas não quer gastar muito, pode optar pela versão turbo 1.0 (200 TSI) com câmbio manual. Nas buscas em sites de classificados é possível encontrar boas ofertas com preços a partir de R$ 80 mil (mais barato que um Hyundai HB20 0km), ou 20% abaixo da tabela da Fipe e com unidades com baixa quilometragem.
Nela, segundo a VW, o SUV acelera de zero a 100 km/h em 9,6 segundos e atinge a velocidade máxima de 189 km/h. Comparando com a opção da transmissão automática, o modelo vai de zero a 100 km/h em 10,4 segundos e atinge 184 km/h de velocidade final.
Quanto ao consumo, de acordo com o Inmetro, considerando a transmissão manual, o T-Cross faz 8,5 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada com etanol e 12,2 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada com gasolina. Já com o câmbio automático, os números são: 7,6 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada no etanol e 11 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada com gasolina.
A segunda opção, vendida com valores médios de R$ 95 mil, ou 17% abaixo da tabela da FIPE, encontramos as versões Highline 1.4 250 TSI com baixa quilometragem e do ano 2020, ou seja, com a garantia de fábrica.
No desempenho, a versão que só conta com a transmissão automática de seis velocidades atinge os 100 km/h em 8,7 segundos e velocidade máxima de 198 km/h, segundo dados oficiais da montadora alemã.
No consumo, conforme dados do Inmetro, são: 7,7 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada rodando com etanol e 11 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada percorrendo com gasolina.
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