Rossin-Bertin Vorax é superesportivo nacional
Associação entre designer e proprietário da loja Platinuss dará origem ao modelo construído em fibra de carbono e com motor BMW
Com todo o respeito aos Miuras, Pumas e Lobinis, mas enfim o Brasil terá uma marca que produzirá um esportivo com todas as letras. Uma inesperada associação entre um ex-designer brasileiro da GM e um herdeiro do frigorífico Friboi dará origem à Rossin-Bertin, marca que fabricará o Vorax, superesportivo nacional com design ousado e motor adquirido da BMW.
O projeto não é novo. Fharys Rossin, o designer, já desenvolve o modelo há anos e tem até um terreno em Santa Catarina para produzi-lo. A previsão era que isso ocorresse em 2009, mas a crise financeira adiou o sonho.
Tudo mudou para melhor quando o empresário Natalino Bertin Júnior, dono da loja de importados Platinuss, decidiu investir no projeto. Fanático por esportivos, Bertin é hoje representante no Brasil das marcas Pagani e Spyder além de vender Lotus e Lamborghini no país.
A associação tornou o Vorax realidade não sem mudanças no conceito. O motor, por exemplo, deixou de ser de origem americana para passar a um V10 da BMW, o mesmo usado pelo Série 6 antigo.
O Vorax não decepciona: tem visual agressivo, construção em fibra de carbono e capacidade teórica de atingir 330 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos. São marcas respeitáveis, só atingidas por Ferraris, Porsches e Lamborghinis. Mas, ao contrário destes, custará bem menos, cerca de R$ 700.000.
No papel, tudo certo – a dupla acredita que venderá 350 unidades em 2011, 300 delas no exterior. Resta saber se será fácil convencer milionários a comprar o Vorax sem nenhum passado de glória ainda. O Salão do Automóvel - onde o modelo estará em versões cupê e conversível – será um palco privilegiado para descobrir isso.