Renovado, Citroën Aircross é carro versátil e acessível

Por R$ 56,9 mil, minivan com estilo aventureiro faz bem papel de carro familiar e conectado
Citroën Aircross 2016

Citroën Aircross 2016 | Imagem: AUTOO

Na avalanche de jipinhos de nascença não é preciso gastar tanto para ter uma posição de dirigir elevada, bom espaço interno, desempenho dentro do esperado e um visual aventureiro. Se você não faz questão de gastar pelo menos R$ 70 mil num desses SUVs como o Peugeot 2008 de entrada seu primo, o Aircross, pode ser uma boa opção.

Custando a partir de R$ 50,5 mil na versão Start 1.5 manual, a minivan da Citroën agrada não só pelo visual atraente introduzido no ano passado como por fazer bem o papel de carro familiar, com bom espaço para os ocupantes e porta-malas respeitável, com 403 litros de capacidade.

A versão avaliada pelo AUTOO é a Live 1.5 manual que, com a adição da central multimídia de 7 polegadas, sair por R$ 56,9 mil na cor branca. Ou seja, bem mais em conta que os SUVs compactos vendidos no país.

Ex-Picasso

Claro que o Aircross de entrada não se equipara em motorização aos tais jipinhos que oferecem propulsores mais capazes, mas a versão 1.5 com 93 cv de potência (etanol) funciona bem na cidade. Nota A do Inmetro, ele é capaz de rodar 13,4 km com um litro de gasolina ou 9,7 km com um litro de etanol na cidade, mas não conseguimos chegar perto dessa marca durante a semana em que o testamos – percurso 100% urbano, é bom lembrar.

A vantagem da versão 1.5 é, na verdade, o preço mais em conta que o Aircross 1.6, o “original”. Para quem não sabe, o C3 Picasso foi transformado num Aircross mais simples, sem o estepe externo e itens mais sofisticados, mantidos no modelo original.

 
 
Citroën Aircross 2016
 
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Nada que você vá reclamar tanto. A versão Live tem ar-condicionado manual, direção elétrica, vidros também elétricos e um bom acabamento com desenhos dos bancos e painéis bastante modernos e agradáveis.

Um passo atrás do 2008

Dirigir o Aircross ainda significa conviver com alguns cacoetes que o grupo PSA mantém vivos. Um deles é a direção elétrica com “vida própria”. Ela tem um balanceamento um pouco artificial, coisa que a Peugeot soube acertar no 2008. Muitos elementos também já deram como o comando satélite do rádio ou o câmbio manual de engates um tanto desconfortáveis.

Mas o Aircross também evoluiu, seja no painel de instrumentos de boa visibilidade, nas soluções práticas do design atual, desenvolvido no Brasil, ou na central multimídia que espelha smartphones com CarPlay e Android Auto – opcional que custa R$ 1.500.

Da central, apenas uma observação. Sabe-se lá a razão, mas a Citroën suprimiu o botão de ligar e desligar o sistema. Isso significa ter que apelar para uma solução ruim para silenciá-lo: é preciso apertar dois botões de volume do comando satélite ao mesmo tempo, acredite.

 

 

Citroën Aircross Live 1.5 2016

  • Resumo

    Preço

    R$ 56.890 (com central multimídia)

    Categoria

    Minivan compacta aventureira

    Rivais

    VW CrossFox, Renault Sandero Stepway, Hyundai HB20X

    Vendas em 2016

    2.096 unidades (jan-abr)

  • Mecânica

    Motor

    1.5 8V flex

    Potência

    93 cv a 5.500 rpm (etanol)

    Torque

    14,2 kgfm a 3.000 rpm

    Transmissão

    Manual de 5 velocidades

  • Dimensões

    Medidas

    4,097 m de comprimento, 1,767 m de largura, 1,694 m de altura e 2,542 m de entreeixos

    Peso em ordem de marcha

    1.229 kg

    Porta-malas

    403 litros

 

 

Dirigir o Aircross, mesmo com a direção devendo, é uma tarefa descomplicada. A relação de marchas é adequada, o motor segura as pontas e a ótima visibilidade ajuda – há câmera de ré na hora de estacionar também.

Até a suspensão, um ponto sempre criticado na Citroën, está melhor ajustada e silenciosa, embora não empolgue.

Mirando nos hatches aventureiros

A grande sacada da Citroën com o novo Aircross, sobretudo o 1.5, é disputar espaço com os hatches aventureiros como o CrossFox, Sandero Stepway e HB20X, modelos que custam praticamente o mesmo (se não forem mais caros) para trazer bem menos espaço e posição apenas levemente mais alta.

Se está dando certo? A Citroën diz que sim. As vendas realmente dobraram em relação ao ano passado e agora giram em torno de 600 unidades por mês. Ainda é pouco pelo potencial de clientes desses segmentos aventureiros, mas para a marca francesa está de bom tamanho.

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