Renovação da gama Chevrolet na América do Sul avança rapidamente
Sucessores de Onix, Prisma, dentre outros serão oriundos de uma nova família de compactos
Aos poucos já começam a emergir alguns sinais de uma intensa – e ao mesmo tempo muito interessante – movimentação que a GM promove na região da América do Sul ao iniciar os planos de renovação de sua gama oferecida por aqui.
Como já abordamos em diversas ocasiões aqui no Autoo, os sucessores de Onix, Prisma, Cobalt, Spin, dentre outros estão inseridos no contexto de uma nova família de automóveis destinada a mercados emergentes. Chamada de GEM (Global Emerging Markets), esse novo portfólio de produtos está sendo trabalhado pela GM em parceria com sua coligada chinesa SAIC e, ao que tudo indica, o projeto já dá sinais concretos de avanço.
O sucessor do Tracker, que está incluído entre os derivados da GEM, é um bom exemplo.
O modelo que encontramos hoje nas concessionárias da Chevrolet aqui no Brasil começou com um projeto elaborado pela alemã Opel, que resultou no Mokka para os consumidores do Velho Continente, além do Buick Encore e do próprio Chevrolet Tracker para o próprio mercado norte-americano, mexicano, dentre outros.
Só que, com a venda da Opel e da Vauxhall para os franceses da PSA, a GM precisou mudar um pouco o foco no desenvolvimento da próxima geração de seu SUV compacto e parece que ela viu na gama GEM o caminho certo para isso ocorrer.
Fato é que, seja aqui ou ao redor do mundo, o Tracker precisa ganhar um pouco mais de versatilidade, espaço interno e volume disponível no porta-malas para conquistar clientes que hoje enxergam no Honda HR-V, Hyundai Creta, dentre outros, algumas opções mais indicadas para o uso familiar.
O site Carscoops conseguiu alguns flagras bem interessantes que denotam que a nova geração do Tracker deverá seguir por essa linha. Como é possível ter uma ideia inicial pelas imagens, o modelo parece maior no comprimento e na largura, o que sinaliza em um habitáculo mais confortável e espaçoso para os ocupantes. Nós complementamos o que podemos esperar da nova geração do Tracker com as projeções do designer Kleber Silva, baseadas em elementos estéticos encontrados nos modelos mais recentes divulgados pela Chevrolet.
Vale a pena lembrar que muito do que o Tracker oferecer em termos de visual, os novos irmãos de plataforma também deverão pegar carona na mesma linguagem de estilo. Por isso trazemos também aqui os estudos de como o Prisma e o Cobalt poderão ficar a partir da próxima década na visão de Kleber Silva.
É importante ficarmos atentos nas movimentações da GM por motivos óbvios, uma vez que atualmente o Onix é o carro mais vendido do Brasil, enquanto o Prisma também lidera entre os sedãs compactos e conta com ótima aceitação no mercado.
Ainda dentro da nova família GEM podemos esperar os substitutos para a minivan Spin (os monovolumes ainda são relevantes em alguns mercados asiáticos) e até mesmo um SUV de porte superior ao Tracker, similar ao que encontramos hoje no Jeep Compass e futuramente no derivado do Volkswagen Tarek.
Ainda não se sabe como a produção desses novos modelos será distribuída, mas certamente deverá utilizar as plantas da GM no Brasil e Argentina, as quais foram recentemente modernizadas com altos investimentos e contemplando também uma atualização no leque de motores que serão oferecidos aqui, com destaque para a nacionalização (ainda não confirmada) do interessante 1.0 turbo desenvolvido quando a GM ainda contava com a Opel dentro de seu leque de marcas.
Com o Onix prestes a completar sete anos de mercado em 2019 e concorrentes mais novos chegando com força, como é o caso do Volkswagen Polo, podemos esperar que os primeiros frutos da nova família GEM sejam lançados na virada para a próxima década. A GM sabe que não pode apreciar a liderança de uma forma confortável e prepara um modelo bem competitivo para manter o Onix no topo do ranking de vendas.