Renault vai atuar em segmentos-chave no Brasil com 4 novos modelos
Marca francesa terá como foco um portfólio completo de SUVs; saiba mais
Aos poucos começamos a vislumbrar o futuro portfólio de modelos da Renault no Brasil – e as perspectivas são animadoras.
Fica cada vez mais claro que a marca prepara uma renovação total de seu portfólio comercializado no Brasil, preparando-se para atuar de forma mais competitiva em segmentos-chave no país, como veremos adiante.
Com isso, é praticamente certo que em um horizonte de médio prazo teremos quatro novidades relevantes da Renault por aqui, algumas delas com produção local.
SUV de entrada
A ofensiva da Renault começará provavelmente nos primeiros meses de 2024, quando o aguardado fruto do projeto HJF deverá ser lançado.
O modelo vai posicionar a Renault em uma categoria que ganhará cada vez mais relevância no mercado brasileiro e tem em modelos como o Fiat Pulse e o VW Nivus dois expoentes.
Estamos falando dos SUVs de entrada ou crossovers pequenos, produtos que hoje estabelecem uma ponte em termos de preço e tamanho entre o segmento de hatches e os SUVs compactos propriamente ditos, tais como Hyundai Creta, VW T-Cross, Chevrolet Tracker, entre outros.
Como relatamos nesta semana, o projeto HJF acabou vazando em imagens de patentes na Europa e as ilustrações deixam claro o que podemos esperar da novidade.
Assim como a Dacia sempre procurou entregar em seus projetos, o futuro crossover que será fabricado no Brasil também vai apostar em espaço interno e porta-malas superiores em relação aos competidores diretos.
Já sabemos que o modelo também vai oferecer sob o capô o motor 1.0 turbo com injeção direta que a Renault aplica em alguns modelos no exterior, o qual será nacionalizado em paralelo ao crossover inédito.
SUV compacto
Após inaugurar a plataforma CMF-B no Brasil com o projeto HJF, a Renault também prepara a localização da nova geração do Duster, um de seus produtos de maior sucesso no país.
Segundo informações apuradas na Europa – região onde os modelos da Dacia são muito bem aceitos – o Duster vai evoluir consideravelmente em sua próxima geração.
Também projetado sobre a arquitetura CMF-B, o novo Duster estará pronto para a eletrificação e deverá ganhar mais recursos de tecnologia e conectividade, melhorando também em aspectos como o design e cuidado com o acabamento interno.
O que não mudará no SUV, apontam os europeus, é o seu caráter robusto, algo que sempre destacou o produto em relação aos seus pares.
A previsão é que a nova geração do Duster deverá ser revelada no ano que vem na Europa, portanto, aqui no Brasil, o produto atualizado não deverá ser lançado antes de 2025.
Picape intermediária
Já não é segredo para ninguém que a Renault vai investir em uma nova geração para a Oroch, projeto que, inclusive, deverá ser compartilhado pela Nissan, marca que integra a aliança estratégica com os franceses.
A segunda geração da picape intermediária terá a produção alterada para a Argentina, país que ficará responsável pelos veículos utilitários da marca, cabendo ao Brasil focar nos automóveis de passeio.
A nova Oroch é esperada para 2025, sendo que, assim como o Duster, ela também será beneficiada pelo projeto concebido sobre a plataforma CMF-B, o que vai repercutir em ganhos nos quesitos comportamento dinâmico, silêncio a bordo e também avanços nos sistemas de propulsão.
Vale lembrar que a Oroch foi a primeira representante do segmento de picapes intermediárias no mercado brasileiro, sendo lançada em 2015.
Com a chegada da Fiat Toro à categoria um ano após a estreia da Oroch e somando tudo isso à boa aceitação que a nova geração da Chevrolet Montana está obtendo desde sua estreia no fim de 2022, a perspectiva é que as picapes intermediárias deverão ganhar mais espaço na preferência dos consumidores de forma consistente.
Sem dúvida, até lá, a Renault poderá efetuar uma boa leitura da concorrência e entregar um veículo altamente competitivo.
SUV 7 lugares
Por fim, mas não menos importante, a Renault tem nos planos para o Brasil nacionalizar a sua versão para conceito Dacia Bigster.
A novidade foi concebida dentro do escopo da marca de baixo custo do grupo francês para conferir à Dacia a possibilidade de atuar em segmentos de maior porte – e mais rentáveis.
O protótipo, revelado no começo de 2021, é um SUV médio propriamente dito e alcança 4,60 m de comprimento, ao que tudo indica também contando com a opção de oferecer até três fileiras de assentos e 7 lugares.
Várias marcas estão olhando com atenção cada vez maior para a categoria de SUVs 7 lugares no Brasil, inclusive com produtos mais acessíveis, como é o caso da Citroën e o futuro modelo irmão do C3 nacional.
Logo, tende a ser natural a escolha por parte da Renault de investir no segmento por aqui.
Ainda não temos uma previsão de estreia do SUV 7 lugares da Renault derivado do Bigster, porém apostas por volta de 2025 nos parecem mais acertadas.