Renault Duster já tem linha 2026, mas versões anteriores ainda dão dor de cabeça

O Renault Duster chegou ao Brasil em outubro de 2011 e foi o primeiro rival de verdade do Ford EcoSport, disputando de igual para igual o mercado dos SUVs compactos. Atualmente, o SUV está em sua segunda geração por aqui, lançada em 2020, com um visual renovado por dentro e por fora.

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E a Renault já adiantou algumas novidades sobre o modelo 2026. A versão topo de linha, a Iconic Plus, ganhou um toque mais esportivo: teto pintado de preto brilhante, rodas escuras e antena estilo barbatana de tubarão. O preço? R$ 163.590.

Agora, quando o assunto é pós-venda, a Renault tem motivos para comemorar. A marca conquistou o prêmio Reclame Aqui, quase alcançando nota máxima no site.

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No entanto, o Duster não está isento de reclamações. Até agora, acumula 390 queixas, um número relativamente baixo se comparado a modelos que ultrapassam 3.000 reclamações.

Entre os problemas mais citados estão dificuldades para encontrar um item específico (a borracha de vedação do rack de teto), falhas na central multimídia e casos de queima da bomba de combustível.

Reclamações dos donos de Duster

Dificuldade de encontrar peça

A borracha de vedação do rack de teto pode não ser uma peça de reposição com alta demanda, o que pode levar as lojas a não manterem um estoque tão grande.

O proprietário de uma Renault Duster 2018 Dynamique está enfrentando dificuldades para encontrar o kit de borracha de vedação do rack de teto. Com o tempo, as borrachas se desgastaram e começaram a esfarelar, tornando necessária a substituição.

No entanto, após buscas em diversas lojas físicas e online, a peça não foi encontrada. Além disso, concessionárias da Renault informaram que não há possibilidade de encomendar o acessório, tornando a reposição praticamente impossível. O proprietário precisa do kit completo para ambos os lados, mas até o momento não conseguiu localizar a peça.

A Renault informou que não identificou um pedido formalizado e esclareceu que, quando a concessionária não tem a peça em estoque, é necessário que o pedido seja formalizado junto à fábrica.

“Tenho uma Renault Duster 2016 Dynamique 4x4 e estou enfrentando dificuldades para encontrar o kit de borracha de vedação do rack de teto. A peça não está disponível em lojas físicas, online ou no mercado paralelo. Diversas concessionárias informaram que o kit de borrachas não é vendido separadamente, sendo necessário comprar o kit completo do rack de teto, que custa mais de R$ 3.000”, relatou um segundo consumidor.

A montadora informou que, após acionar áreas internas, foi confirmado que a peça não é vendida separadamente. Segundo a fabricante, o conjunto do rack é usinado como uma única peça, fazendo com que os componentes se ajustem apenas ao kit original de fábrica.

Mídia

Proprietários de Renault Duster podem enfrentar alguns problemas específicos com a central multimídia de seus veículos, embora nem todos os proprietários experimentem os mesmos problemas e a frequência e gravidade variem. Alguns dos problemas mais comuns incluem: Problemas de conectividade, atualização, travamentos e lentidão.

Em uma das reclamações o consumidor dono de um Renault Duster Iconic 2021/22 com a central multimídia EasyLink relatou problemas de conectividade com iPhones 15 Pro e 16 Pro.

Enquanto os iPhones 14 Pro de seus filhos funcionam normalmente, ele e sua esposa não conseguem fazer o espelhamento via cabo USB. Após tentar contato com a Renault, recebeu respostas vagas e foi informado de que a atualização do software depende de uma resposta da França, sem prazo definido. Agora, busca uma solução para atualizar a central EasyLink.

“Meu primeiro Renault, Duster Iconic, seria excelente, mas a entrada USB da mídia não funciona, impedindo a conexão com o Apple CarPlay. Apesar da garantia, a concessionária recusou a troca, e a Renault também negou a substituição via protocolo de cortesia. Acho lamentável, pois o problema poderia ser facilmente resolvido.”

“Adquiri um Renault Duster em 2023 com defeito na mídia. Na primeira revisão, deixei o carro na concessionária por 48 horas, mas me informaram que a mídia precisaria ser enviada à Renault, com prazo de até um mês ou mais. Sugeriram que eu retirasse o carro sem a mídia enquanto aguardava o reparo. Considero o prazo abusivo, pois a troca da peça resolveria o problema rapidamente.”

Ambos problemas foram resolvidos pela Renault.

Bomba de combustível

Em um dos casos, o consumidor relatou que o carro sofreu uma pane e foi rebocado para a concessionária. O diagnóstico apontou a queima da bomba de combustível, atribuída a sujeira no filtro, motivo pelo qual a garantia foi negada.

Ao questionar sobre a possibilidade de prevenção, foi informado de que a bomba é blindada e só é aberta em caso de falha. O cliente sempre abastece no mesmo posto, sem histórico de problemas em outros veículos. No final, teve que arcar com mais de R$ 2 mil pelo reparo, e o desempenho do carro piorou após a substituição da peça.

Após a reclamação, a Renault informou que, como forma de minimizar a insatisfação, foi concedido um bônus para utilização na concessionária.

Resposta final do consumidor: “Estou satisfeito com a agilidade no retorno e na tratativa da reclamação, mas acredito que a peça deveria permitir manutenção preventiva. O controle da qualidade do combustível é difícil para o proprietário, enquanto as revisões são viáveis e poderiam evitar a queima da bomba.”

“Tenho um Duster e, de uns tempos para cá, ele começou a apresentar engasgos e perda de potência, principalmente em subidas. Levei em dois lugares e o diagnóstico foi o mesmo: bomba de combustível com defeito. Pelo que pesquisei, esse problema é recorrente nesse modelo. A Renault precisa se responsabilizar por isso.”, relatou um segundo consumidor.

Stephanie Gomes

Estudante do 2º ano de comunicação, Stephanie escolheu a profissão por acreditar no poder transformador do jornalismo.