Renault: 5 milhões de motores produzidos no Brasil e novidade a caminho
Fábrica instalada no Complexo Ayrton Senna, no Paraná, começou a operar em 1999
A Renault alcançou nesta semana um marco importante para a Curitiba Motores (CMO), nome dado à fábrica que integra o Complexo Ayrton Senna, no Paraná, onde a empresa produz seus veículos no país.
A CMO atingiu a marca de 5 milhões de motores saindo de sua linha de produção, a qual contempla, atualmente, as unidades 1.0 e 1.6 da família SCe (Smart Control Efficiency).
A história da Curitiba Motores começou em 1999, produzindo, à época, o propulsor 1.6 16V que equipava o Scenic, Clio e Clio Sedan fabricados no país. A CMO também era a responsável por enviar unidades do 1.6 16V para a Argentina, onde a gama Megane era montada para abastecer os países da América do Sul.
Em 2006, a CMO alcançou o primeiro milhão de unidades produzidas. O volume subiu para 2 milhões de unidades em 2011 e, em 2014, a fábrica paranaense superou os três milhões de motores deixando o local desde o início das operações.
Vale lembrar que, a partir de 2018, a Curitiba Motores passou a operar de forma integrada com a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA), fábrica que também está localizada no Complexo Ayrton Senna e possui capacidade anual para a produção de 250 mil blocos e cabeçotes do motor 1.6 SCe.
Futuro
No horizonte de curto prazo, a Curitiba Motores será responsável por uma novidade estratégica para o futuro da Renault no Brasil.
Como anunciado em 2022, a marca francesa vai nacionalizar seu motor 1.0 turbo com injeção direta, o qual deverá ser aplicado inicialmente no futuro crossover compacto que a marca prepara para o mercado brasileiro.
Esse modelo, conhecido até o momento como projeto HJF, tem a estreia estimada para o começo de 2024 e também caberá a ele inaugurar a localização da plataforma CMF-B, outro esforço relevante da Renault para produzir automóveis mais modernos no Brasil.
O futuro motor 1.0 turbo nacional deverá ser flex e oferecer números de potência e torque alinhados com propulsores de mesmo deslocamento da concorrência, portanto algo em torno de 120 cv de potência máxima e torque na faixa de 20 kgfm considerando o uso de etanol.
A arquitetura CMF-B permitirá que a Renault, bem como a aliada Nissan, invistam, no longo prazo, na oferta de modelos nacionais com alguma forma de eletrificação.