Ranger e Frontier devem apostar em versões com ''cara de mau'' no Brasil
Picapes médias são cotadas para estrear versões mais extremas no Brasil
Em breve, muito provavelmente no Salão de São Paulo, em novembro, nós vamos descobrir se o que escrevemos aqui estava correto, mas, segundo algumas informações de bastidores, são grandes as chances que Nissan Frontier e Ford Ranger passem a contar com versões mais extremas, por assim dizer, aqui no Brasil.
No caso da Ranger, estaríamos falando da produção local da versão Raptor, versão oferecida em mercados Ásia-Pacífico e também confirmada para estrear na Europa.
Derivada do mesmo conceito adotado para a F-150 nos EUA, as picapes da Ford da linha Raptor devem entregar o melhor comportamento para o uso off-road, o que é realçado por um visual todo especial e dedicado para as picapes que levam a chancela da versão especial.
No caso da Ranger Raptor, ela conta com sistema de gerenciamento de terreno com seis modos de condução: normal; esportivo; grama e neve; lama e areia; pedra; e baja. Os freios usam discos dianteiros de 332x32 mm com pistões duplos e discos traseiros de 332x24 mm, ambos ventilados. Os pneus todo-terreno 285/70 R17 também foram especialmente desenvolvidos para a picape. Uma placa de aço especial de 2,3 mm faz a proteção sob o assoalho para garantir a integridade da picape.
O chassi da Ranger Raptor é super-reforçado e produzido com ligas de aço de alta resistência. Sua suspensão foi especialmente desenvolvida para enfrentar terrenos difíceis em alta velocidade com total controle e conforto, incluindo amortecedores FOX com “Position Sensitive Damping”, que adapta o funcionamento às condições da pista.
No visual, a Ranger Raptor tem grade dianteira inspirada na F-150 Raptor e inclui faróis de xenônio e faróis de neblina de LED. No interior, por sua vez, a Ranger Raptor conta com bancos e volante especiais e acabamento em couro com costura azul.
Na parte mecânica, pelo menos nos mercados onde já é oferecida, a Ranger Raptor traz um conjunto muito interessante. Ele é composto pelo motor 2.0 EcoBlue biturbo diesel configurado especialmente para esta versão, que entrega 213 cv de potência e 51 kgfm de torque. Além do sistema de tração integral, a picape conta com a nova transmissão automática de 10 marchas, o que deve proporcionar muita eficiência para a picape.
Já partindo para a Nissan, a japonesa deverá apostar em uma versão na mesma linha com “cara de mau” para a Frontier. Estamos falando a volta da versão Attack, que, inclusive, foi um dos destaques da Nissan no Salão de Buenos Aires em 2017.
A receita da Frontier Attack é bem parecida com a Ranger Raptor e inclui rodas de liga leve calçadas em pneus de perfil alto com grande apelo para o off-road, altura em relação ao solo elevada e um visual mais trabalhado do ponto de vista estético.
Vale a pena destacar que a Frontier Attack poderá marcar, para o mercado brasileiro, o início da comercialização da picape agora produzida na Argentina em substituição às unidades até então importadas do México.
Mecanicamente, entretanto, a Frontier Attack poderá manter a mesma configuração já oferecida nas demais versões da picape, no caso o motor 2.3 biturbo associado ao câmbio automático de 7 marchas.
Segundo dados oficiais do Renavam aos quais o Autoo tem acesso para elaboração de seu ranking de vendas, foram emplacadas em setembro deste ano 5 unidades da Frontier Attack modelo 2019, o que parece nos confirmar a tese de que a marca de fato investirá nessa versão.
Enquanto alguns modelos como a Volkswagen Amarok apela para motorizações maiores, no caso um V6 turbodiesel, com o intuito de transparecer mais força e robustez, Ford e Nissan podem investir em preparações específicas para o off-road com o objetivo de cativar um público que deseja um veículo preparado para esse fim. A disputa, com certeza, será bem interessante!