R$ 40 mil: Renault Duster usado tem muito mais por menos que Kwid 0 km
Rival do EcoSport, SUV oferece robustez e melhor espaço interno; veja mais
Utilizando a base da dupla Sandero/Logan, em 2011 o Renault Duster foi vendido inicialmente no Brasil com duas opções de motores flex. A primeira era a 1.6 (115/110 cv) com câmbio manual de cinco marchas para a básica e Expression. A segunda, a 2.0 (142/138 cv) podia vir com caixa mecânica de seis ou automática de quatro marchas, presente na Dynamique. Além disso, esta versão topo de linha ainda podia receber a tração 4x4 como opcional.
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Mas o grande destaque do SUV está realmente no elogiável espaço interno, ideal para quem costuma pegar estrada regularmente e não quer passar “aperto”, nos dois sentidos da palavra. Afinal, são 2,67 metros de entre-eixos, o que possibilita melhor acomodação para as pernas dos passageiros mais altos que viajam no assento traseiro.
Contribui para isso os 1,82 metro de largura e 1,69 de altura. O porta-malas de 475 litros é o maior da categoria, levando em conta seus 4,31 metros de comprimento. O Ford EcoSport, por exemplo, nem chegam perto com seus 296 l de capacidade.
Em 2016, já com a linha reestilizada, o propulsor 1.6 foi atualizado para o 1.6 16V SCe flex e, com isso, a potência pulou para 120/118 cv e a topo de linha (Dynamique) passou a contar com direção eletro-hidráulica. Se você faz questão do câmbio CVT, a partir de 2017 já pode encontrá-lo na 1.6.
O Renault Duster da primeira geração durou até 2020, quando cedeu o lugar para o novo modelo com algumas atualizações e fim de algumas versões, mas isso é um assunto para o próximo guia de compra.
PONTOS A SEREM VISTOS ANTES DA COMPRA
- Isolamento acústico
A ineficiência do isolamento acústico que acomete não só as forrações de porta, mas também do painel tem gerado várias insatisfações por conta do barulho gerado. Isso é um problema que afeta também outros carros da Renault.
- Ar-condicionado
Além de ruídos, não são poucas as queixas da ineficiência do ar-condicionado. Conforme alguns relatos em sites de reclamação como o Reclame Aqui, um dos donos do Duster relatou que após uma hora de viagem com o carro, o sistema parou de resfriar a cabine, mesmo colocando na potência máxima.
- Câmbio
Nos modelos equipados com a caixa manual, as reclamações mais comuns são de engates difíceis e imprecisos, cujo problema estaria no trambulador. Outros afirmam que precisaram trocar o conjunto de platô e embreagem em unidades novas e com baixa quilometragem. Já os CVTs, a reclamação vem de trepidações e trancos nas trocas, sendo que alguns proprietários afirmaram ter gasto mais de R$ 55 mil na troca da caixa.
- Suspensão
Outro ponto crítico está no conjunto da suspensão, comumente nos amortecedores com vazamentos e batidas secas. A dica é durante o test drive, se possível, avaliar o Duster em vários tipos de chão como asfalto, terra e paralelepípedo. Caso notar algo estranho, questione o vendedor sobre o problema. Se achar que vale a pena pedir um desconto no valor do carro, use este problema como argumento na negociação.
- Recalls
Confira se o Duster que estiver comprando tem alguma pendência quanto aos seguintes recalls: trocas do airbag, parafusos do eixo e da suspensão, mangueira da direção, servo freio e correção por conta do defeito no orifício do compartimento de alimentação do óleo do motor.
QUAL VERSÃO NÓS RECOMENDAMOS
Na faixa de R$ 40 mil a R$ 65 mil - bem menos que o valor pedido por um Renault Kwid 0 km (R$ 73.640) - a opção com melhor custo-benefício é a Expression. Considerada a intermediária da família, já vem bem completa com ar-condicionado, direção hidráulica, controle elétricos dos vidros elétricos, volante e banco do motorista com ajuste de altura, entre outros itens.
Dotada de motor 1.6, este, sem dúvida, está entre as variantes com menor consumo de combustível, fazendo as médias de 10 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada, com gasolina.
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