R$ 30 mil: Renault Logan é um dos carros usados mais econômicos do Brasil
Sedã reúne outros pontos fortes, porém esconde alguns fracos também; confira os prós e contras
O Renault Logan evoluiu bastante desde que a sua segunda geração foi lançada, no final de 2013 como modelo 2014. Abandonando de vez as linhas quadradas, o sedã também evoluiu na construção adotando uma plataforma melhorada que contribuiu, principalmente na parte estrutural.
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Com esta estratégia, o Renault Logan 2014 pôde rivalizar com mais “segurança” com Chevrolet Cobalt, Fiat Grand Siena e Volkswagen Voyage. Apesar de perder em porta-malas para os dois primeiros concorrentes (563 litros e 520 l), o sedã da marca francesa não fazia feio com seus 510 l.
Inicialmente chegou nas versões Authentique, Expression e Dynamique. A mais simples já contava com freios ABS, dois airbags (passageiro e motorista), porém a direção hidráulica, volante com altura regulável e ar-condicionado manual só pedindo à parte. Em compensação, a intermediária, além de todos estes itens de série, incluía o alarme, vidros elétricos dianteiros, banco traseiro rebatível e rádio.
O sensor de estacionamento traseiro e sistema multimídia de navegação eram opcionais. Por fim, a topo de linha acrescentava faróis de neblina, banco traseiro bipartido, controlador de velocidade de cruzeiro (piloto automático), vidros elétricos traseiros, retrovisores elétricos, mas sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado automático e sistema multimídia com navegação só era vendido à parte.
Entre os motores, havia desde o 1.0 16V Hi-Power de 80 cv com etanol e 77 cv com gasolina até o 1.6 8V Hi-Power com 106/98 cv, mas a partir da linha 2017, passou a ser substituídos pelos novos motores da família SCe, o 1.0 12V de três cilindros de 82/79 cv e 1.6 16V de quatro cilindros de 118/115 cv, sempre com câmbio manual de cinco marchas de série. No lançamento, a Renault afirmou que estes novos propulsores ficaram até 19% e 21% mais econômicos, respectivamente. Falando em transmissão, em 2014, a Renault chegou a oferecer a temida automatizada Easy’R que deve ser evitada. Saiba mais a seguir.
PONTOS IMPORTANTES A OLHAR ANTES DA COMPRA
Imagem: Divulgação
- Bancos
Um problema crônico que vem desde a primeira geração da linha Sandero e Logan está no revestimento dos bancos. Eles são muito frágeis, o que pode ocasionar o desfiamento do tecido facilmente. Alguns donos são mais cuidadosos e forram com capas específicas para bancos.
- Pastilhas de freio
Não deixe de verificar também o estado das pastilhas de freio que costumam ter durabilidade precoce. Na época em que o modelo era mais novo, foram reportados casos em que com menos de 10 mil km rodados, o proprietário já teria de efetuar a troca do jogo de pastilhas.
- Marcador de combustível
No marcador de combustível, é comum apresentarem falhas na leitura. A causa deste problema crônico na maioria das vezes está na boia, ou mesmo na bomba. O problema afeta também outros carros da marca como Logan, Kwid, Duster e Captur.
- Motores SCe: 1.0 12V e 1.6 16V
Apesar de mais econômicos no etanol e na gasolina, é no óleo que estes motores deram o que falar, com várias reclamações em sites e revistas especializadas. O caso é que com menos de 10 mil km, muitos donos reclamam do consumo exagerado do lubrificante, abaixo do nível mínimo da vareta medidora de óleo. Um dos donos chegou a postar no Fórum Logan Clube https://www.loganclube.com.br/thread-4315.html
que seu carro com apenas 4 mil km foi levado para a concessionária sem óleo visível na vareta. Segundo a postagem deste proprietário, “a fábrica informou que é um problema da junta do cabeçote e outra peça, que não foi corretamente dimensionada para este motor novo”.
- Recall da direção
Segundo a Renault, foi constatado um defeito nas rótulas axiais (ambos os lados), que é o componente que faz a ligação entre a caixa de direção e o cubo de roda. Caso a peça se rompa, poderá acarretar perda da dirigibilidade e tendo como consequência acidente grave. Com o número do chassi, verifique no site www.renault.com.br/recall se o modelo está na lista e caso confirmado, se já foi efetuado o serviço. Aproveite também para ver se há outros componentes envolvidos. Para mais informações e quiser consultar outros itens envolvidos, basta ligar para 0800 055 5615.
QUAL VERSÃO NÓS RECOMENDAMOS
Imagem: Divulgação
Antes de tudo, por mais que pareça óbvio, tente resistir aos Logans mais pelados, sem direção hidráulica e ar-condicionado que tem a revenda mais difícil. O mesmo se aplica às opções com o temido câmbio automatizado que, infelizmente, não vingou, por ter pouca eficiência, baixa durabilidade da embreagem e manutenção cara, segundo alguns relatos dos próprios donos.
Quer comprar sem medo? Dê a vez para as unidades do Renault Logan fabricadas a partir da linha 2017 na qual passou a contar com motores da família SCe.
Se a sua intenção é privilegiar o consumo e usá-lo na cidade, o 1.0 12V SCe de três cilindros de 82/79 cv vai bem. Ele ficou até 19% mais econômico em relação ao antigo 1.0 16V de quatro cilindros, segundo a Renault. Faz 9,4 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol, enquanto que na gasolina, o consumo passou para 14 km/l no ciclo urbano e 14,9 km/l no ciclo rodoviário.
Quer mais agilidade no trânsito? Então por a partir de R$ 40 mil, a 1.6 16V, por sua vez, foi a que mais trouxe melhorias na economia de combustível, com 21%, em relação ao 1.6 8V anterior, de acordo com a fabricante francesa. Com isso, o novo propulsor passou a fazer 8,7 km/l no perímetro urbano e 9,7 km/l no perímetro rodoviário no etanol. Com gasolina, os números passaram para 13 km/l e 14 km/l, nessa ordem.
Quanto ao espaço interno e solidez estrutural da carroceria, o Renault Logan evoluiu bem, graças a melhoria na construção sobre a plataforma melhorada. Na cabine, quatro adultos de estatura alta podem viajar sem roçar a cabeça no teto. No porta-malas, seus 510 litros dão conta de acomodar até duas malas grandes e uma média sem apertar.
Com todas essas qualidades, não é de se estranhar que o sedã da Renault tenha sobrevivido até hoje. Atualmente, o Logan aparece na 36ª posição em vendas com 1.481 unidades, segundo o último levantamento da Fenabrave. Hoje, o preço de um 0 km na versão mais simples Life parte de R$ 97.010.
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