R$ 30 mil: Ford EcoSport usado é a porta de entrada para ingressar nos SUVs

Ele popularizou o segmento, trouxe inovações, mas pecou em alguns detalhes; confira
Ford EcoSport

Ford EcoSport | Imagem: Divulgação

Quando o Ford EcoSport foi lançado, o termo SUV nem era tão conhecido no Brasil, porém o modelo rapidamente se popularizou e tornou-se o novo sonho de consumo dos brasileiros. O então primeiro utilitário esportivo compacto do país chegou em 2003 como parte do projeto Amazon que tinha como base a terceira geração do Fiesta.

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O Ford EcoSport era vendido em três versões:  XL, XLS e XLT, com opções de motores 1.0 Supercharger (95 cv), 1.6 Zetec RoCam (98 cv) e 2.0 Duratec de 143 cv, sempre ligados ao câmbio manual de cinco marchas e tração dianteira. Mas, em 2004, ganhou a tração integral sob demanda (4WD), disponível apenas para a topo de linha. 

Trazendo pontos positivos como posição elevada de dirigir e visual aventureiro, com direito ao estepe fixado à tampa traseira, o “jipinho” agradou principalmente o público feminino. Sem nenhum concorrente direto à sua volta, a faixa de preços ficou no mesmo patamar do Honda Fit, VW Polo e Citroën C3.

Em 2005, o Ford ganhou motor 1.6 flex de até 111 cv, e com isso foi o primeiro SUV a estrear a tecnologia bicombustível. No mesmo ano, veio a série especial FreeStyle, que foi um sucesso de vendas, tornando-se versão mais tarde.

Em 2006, com o fim da versão 1.0 Supercharger, no mesmo ano, surgiu a opção automática e já no ano seguinte, ganhou a sua primeira reestilização, mais concentrada na parte frontal. Por dentro, mudava o desenho do painel, além de novos isolamentos acústicos para poder conter o barulho interno, uma queixa frequente dos donos.

Na linha 2009, o motor 2.0 passou a ser flexível possibilitando até 145 cv e na linha 2011, último ano da primeira geração, ganhou mudanças na grade dianteira e na parte interna.

 

PONTOS IMPORTANTES A OLHAR ANTES DA COMPRA

Ford EcoSport
Ford EcoSport: interior tem vários componentes em comum com o Fiesta fabricado em Camaçari (BA)
Imagem: Divulgação
  • Farol

Entre a lente e o refletor do farol pode entrar água causando embaçamento. Para não gastar com um par novo, uma fina camada de silicone na fenda pode resolver o problema.

  • Excesso de plásticos 

Os plásticos dos acabamentos internos são motivos de constantes irritações por conta de barulhos nas portas, porta-malas e painel. O volante - igual ao do Fiesta - costuma descascar também.

  • Barulhos internos

As primeiras levas - até 2008 - do SUV da Ford tinham material fonoabsorvente de baixa qualidade tendo como consequência os constantes ruídos internos. 

  • Barulhos externos

Por ter o estepe fixado por um suporte preso à tampa do porta-malas, cedo ou tarde, os inevitáveis barulhos acabam incomodando bastante. 

  • Suspensão

Verifique durante o test drive se os amortecedores apresentam ruídos. Nem mesmo a Ford e suas autorizadas, aplicando manta antirruído de borracha, conseguiram sanar o problema na época.

 

QUAL VERSÃO NÓS RECOMENDAMOS

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EcoSport: versão 4x4 vem com sistema herdado da Mazda, que já teve ações controladas pela Ford
Imagem: Divulgação

Você sempre sonhou com um SUV, mas a grana está curta. Então por que não dar a vez ao EcoSport da primeira geração? Ele não tem o espaço de uma Chevrolet Blazer, convenhamos, mas se você tem uma família pequena, ele atende bem. Seu porta-malas tem 296 litros.

Se a intenção é um carro compacto, fácil e prático no uso diário, ele vai te surpreender pela boa posição de dirigir, ideal para o caótico trânsito brasileiro. A boa altura do solo permite transpassar valetas e lombadas, sem o menor problema. Na hora de estacionar, qualquer cantinho serve, dada às dimensões bem distribuídas. São 4,22 metros de comprimento - um pouco menor que um Renault Logan, 1,62 m de altura, 1,73 m de largura e 2,49 de entre-eixos.

Falando de versões, evite a 1.0 Supercharger, ainda que rara no mercado, é um verdadeiro mico no mercado, por conta do motor fraco e consumo inadequado. A dica é partir para as 1.6 flexíveis que deram mais ânimo ao desempenho sem comprometer no gasto excessivo de combustível.

A partir de 2005, uma unidade desta versão sai por R$ 28.500. Já com a opção do câmbio automático, lançada em 2007 na versão XLT, com motor 2.0, os valores médios são de R$ 35 mil. Por isso, veja qual melhor se encaixa no seu perfil, não tenha pressa e pesquise bastante antes de fechar o negócio. 

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Fernando Garcia

Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.