Que tal um Ford Ka usado com preço de Honda CG 160 Titan 0 km?
Hatch é confiável e econômico, mas tem defeitos: o que os donos mais reclamam
O Ford Ka da segunda geração foi lançado no Brasil em 2008 com novo desenho que o deixou 20 cm mais comprido e com teto mais elevado, aumentando assim o espaço para os passageiros de trás.
Apesar de homologado para cinco pessoas (o antigo só acomodava quatro), o novo modelo preservou a mesma estrutura em monobloco da versão anterior, herdada da segunda geração do Fiesta, de 1996.
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De subcompacto para compacto, o Ford Ka passou a concorrer com os chamados hatchs de entrada, como o Volkswagen Gol, Fiat Palio e Chevrolet Celta. Na motorização, ganhava a tecnologia flexível nas opções 1.0 (72,7/69,3 cv) e 1.6 (110/102 cv), mas o câmbio permanecia o manual de cinco marchas.
Nesta geração do hatch da Ford, a principal novidade ficou por conta do ressurgimento da série especial Tecno que apresentava o aparelho de áudio My Connection, feita em conjunto com a empresa de tecnologia Visteon e que integrava celulares, pendrives e tocadores portáteis de música (iPod e similares) via Bluetooth.
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Já na linha 2012, veio a esportiva Sport - equipada com motor 1.6 – com faixas decorativas e a inscrição ‘Sport’ nas portas. Além disso, contava de série com rodas de liga leve aro 15 e kit aerodinâmico com spoilers dianteiro e traseiro, saias laterais, aerofólio na tampa do porta-malas e internamente bancos com revestimentos exclusivos.
PONTOS CRÍTICOS PARA CHECAR COM ATENÇÃO
Imagem: Divulgação
- Excesso de plásticos
O acabamento da segunda geração do Ford Ka deixa a desejar quanto ao abuso de plásticos na forração de portas. Isso gera indignação entre seus donos que relataram barulhos por toda a parte interna.
- Estepe
Preso sob o assoalho, na parte traseira, o estepe é suscetível a roubo e muita gente só sente falta do item na hora de trocar um pneu. Por isso, verifique se ele está lá, e não se esqueça de checar o jogo de ferramentas e o triângulo de segurança.
- Sistema de arrefecimento
A falta do marcador de temperatura do motor é um problema para averiguar o real estado do sistema de arrefecimento. Como o modelo é alvo constante de reclamações, não deixe de olhar o estado do radiador, bomba d’água, válvula termostática, nível líquido de arrefecimento. Além disso, confira se foi feita limpeza no radiador também, pois água turva pode indicar problemas de corrosão.
- Embreagem
Assim como ocorre com a linha Fiesta, o Ka G2 também padece do mesmo inconveniente do desgaste precoce da embreagem, segundo relatos de seus donos na internet. A primeira evidência é o pedal da embreagem que apresenta trepidações ou, em outros casos, a clássica patinada a cada troca de marcha.
- Recalls
Verifique através do site da Ford se o modelo está incluído nos dois recalls. Um deles, ocorreu em 2008 e trata da inspeção e, se necessária, a troca do tubo de freio no compartimento do motor. Ela pode ocasionar fissuras, por conta do atrito entre a peça de borracha com a braçadeira do radiador no compartimento do motor.
Em 2010, a empresa convocou seus proprietários a irem a uma autorizada para inspeção e nova fixação do chicote elétrico com isoladores na carroceria. Com o serviço feito, poderia prevenir contra possíveis queima de fusíveis e, em casos extremos, incêndio no compartimento do motor.
QUAL VERSÃO VALE MAIS A PENA
Imagem: Divulgação
Por menos de R$ 20 mil, você já pode pensar num Ford Ka G2 equipado com ar-condicionado e direção hidráulica. Estamos falando da versão 1.0 Flex, ideal para trafegar nos principais centros urbanos. O consumo pode ser um bom aliado para seu bolso, considerando que ele faz 7,4 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada com etanol e 9,6 km/l no ciclo urbano e 13,8 km/l no rodoviário.
Já a 1.6 Flex é menos econômica, mas leva vantagem pela agilidade. Seu consumo é de 7 km/l na cidade e 9 km/l na estrada (etanol) e 9,1 km/l no perímetro urbano e 13 km/l no rodoviário. Em alguns sites de classificados, as médias de preço para um exemplar dos primeiros anos do G2 foram de R$ 25 mil a R$ 28 mil.
Entre os pontos negativos, o Ford Ka tem pouco espaço interno e porta-malas pequeno, ainda que embora tenha crescido 20 cm no comprimento. São 263 litros de compartimento de carga, ou 77 l superior ao da primeira geração. Além do mais, agrava o fato de só oferecer a opção com duas portas.
Por outro lado, algumas peças do motor e câmbio ainda são fáceis de serem encontradas, mas as de acabamento, por exemplo, só recorrendo às lojas especializadas, sites de compra ou desmanches.