Quanto custa manter um carro?
Não basta só abastecer e sair por aí, saiba quais são os gastos envolvidos para manter seu automóvel
A gente junta uma grana ou consegue aquela esperada promoção e logo já vem a vontade de comprar aquela roupa tão desejada, realizar um viagem ou finalmente realizar o sonho de adquirir um carro novo. No calor do momento a gente só quer que o preço do carro ou as parcelas do financiamento caibam no bolso, certo? Mas a história não é bem assim, já que um carro traz consigo uma série de despesas adicionais que muitas vezes a gente esquece de colocar na ponta do lápis.
A JATO Dynamics compartilhou com o AUTOO um levantamento que nos ajuda a clarificar bem esse cenário. Logo, se você pretende comprar um carro em breve é bom ficar atento (a) às conclusões.
Chamado de Total Cost of Ownership (Custo Total de Propriedade), o estudo da JATO fez uma simulação envolvendo os gastos com financiamento, combustível, seguro, revisões, manutenção em geral (eventual quebra de uma peça, por exemplo), pneus e impostos/documentação. Ou seja, o TCO, como é chamado, basicamente nos diz tudo o que você vai efetivamente ter que tirar do bolso para manter seu carro rodando. A pesquisa torna-se ainda mais interessante pois leva em conta quatro tipos de categoria de carros diferentes, aumento a abrangência do estudo. Para chegar ao valor médio considerado na análise, a JATO leva em conta os cinco modelos mais vendidos nos segmentos avaliados.
Entre os hatches de entrada com motor 1.0, em uma faixa de preço que gira em torno de R$ 29.503, o custo operacional mensal soma R$ 548 a cada mês, portanto R$ 6.576 no ano. Só de financiamento (foi estabelcido um plano com 30% de entrada, taxa de 0,99% ao mês e saldo em 36 vezes para todas as categorias citadas), as parcelas acrescentam R$ 685 a cada mês. Logo, para essa categoria, o proprietário soma um gasto anual total de R$ 14.796 incluindo o financiamento e o custo operacional.
Subindo um degrau, a JATO parte para a análise dos sedãs compactos com motor 1.6, categoria que obteve um valor médio de R$ 48.371. Aqui, os gastos sem o financiamento somam R$ 677/mês ou R$ 8.124 ao ano. Caso você queira financiar, as parcelas ficam em R$ 1.123/mês. Somando tudo, custos mensais e financiamento, atingimos um gasto total anual de R$ 21.600.
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Ainda entre os sedãs, porém levando em conta agora aqueles de porte médio com um preço médio de R$ 65.247, o valor do custo operacional mensal sem o financiamento é de R$ 758 ao mês, totalizando R$ 9.096 ao ano. Se incluirmos o financiamento, cada parcela mensal sai por R$ 1.514. Ao longo de ano, o custo total para essa categoria com o financiamento é de R$ 27.276.
Categoria mais quente no momento, os SUV compactos formam o quarto e último segmento da pesquisa realizada pela JATO envolvendo o custo de propriedade e divulgada para o AUTOO. Para este tipo de carroceria, o preço médio apurado foi de R$ 80.283. Seguindo a média de preço mais alta, os gastos operacionais também foram os maiores e somam R$ 1.005 ao mês, ou R$ 12.060 ao longo de um ano. Cada parcela de financiamento, caso você deseja adquirir o carro dessa forma, acrescenta mais R$ 1.863 ao valor mensal. Logo, a cada ano você precisa de R$ 34.416 (com o financiamento incluído) para manter seu utilitário esportivo rodando.
Vale destacar que a ideia aqui é mostrar apenas o custo de propriedade que um carro consome ao longo de um mês ou um ano, e não incluímos a desvalorização, outro ponto que você precisa levar em conta. Diferente de outros tempos, em que a inflação muito elevada chegava a valorizar os carros usados, hoje um automóvel não pode ser visto como um investimento.
A JATO também apurou esses dados e constatou que, para os hatches 1.0 a desvalorização real em 12 meses gira em torno de 18,3%, enquanto para os sedãs compactos 1.6 o valor é de 14,8% no mesmo período, o segmento mais camarada nesse aspecto. Os sedãs médios perdem 16,4% do valor, enquanto os SUVs compactos registram uma depreciação real de 18,9%.
Logo, o AUTOO recomenta, é bom você levar em conta os valores acima e fazer bem as contas para evitar surpresas. Afinal, não basta só acomodar a parcela do financiamento. Como você viu, para fazer seu carro rodar tranquilo por aí é uma tarefa bem mais complexa (e cara) do que muitas vezes estamos esperando.