Projeto propõe extinguir simulador em autoescola
Aparelho, que está em fase de implantação, pode sair de cena caso Congresso nacional aprove mudança
A implantação da norma que exige o uso de simuladores de direção veicular nas autoescolas brasileiras tem gerado amplo debate. O aparelho, que já havia sido questionado diversas vezes, agora teve sua eficiência colocada em xeque com o projeto do deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR).
Segundo a norma em vigor desde dezembro de 2013, são exigidas 5 aulas práticas de 30 minutos cada à todos os alunos (categoria B) nos aparelhos eletrônicos de R$ 40 mil.
Na proposta, que está sendo analisada pela Câmara dos Deputados, o deputado recomenda a extinção da exigência do simulador. Segundo Almeida, não há eficácia comprovada quanto à redução no número de acidentes de trânsito, além de modificar a estrutura física das autoescolas, acarretando num aumento de custos de operação.
Tais custos, naturalmente, são repassados aos alunos. Segundo levantamento feito pelo AUTOO, o simulador encarece uma média de R$ 250 por curso realizado, cerca de 20% do valor total das lições.
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“Na Europa e nos EUA o uso de simuladores não faz parte do processo de formação de condutores, o que nos leva a refletir sobre a real necessidade desse tipo de aula como requisito para obter a habilitação”, sugere Almeida.
Em regiões como Amazonas, autoescolas pediram tempo extra para a instalação dos simuladores. Por causa da alta demanda, o sistema tem demorado a chegar às instituições. Em locais como Belo Horizonte, houve até protestos contra o uso do simulador virtual.
A fim de sua viabilização, o projeto será analisado por comissões como a da Viação e Transportes. Depois da verificação, a proposta será votada pelo Plenário.