Produção de automóveis sobe 6,4% em janeiro
Anfavea aponta ainda aumento de 33,9% nas importações e projeta crescimento de 5% nos licenciamentos em 2011
Se depender do resultado de janeiro, 2011 tem tudo para ser novamente um ano recorde de produção de carros. Segundo números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o volume do mês anterior foi 6,4% superior ao registrado no mesmo período no ano passado, com 288,1 mil automóveis de passeio e veículos comerciais leves produzidos ante os 245,9 mil em 2010.
Na comparação com dezembro de 2010, como já era de se esperar, houve queda de 9,1%. “Nessa época a produção caí por conta da diminuição das vendas, causada pelo período de férias e por causa da cobrança do imposto de renda”, aponta Cledorvino Beline, presidente da Anfavea e da Fiat do Brasil. Por outro lado, o número de carros importados licenciados avançou 33,9%, representando 23,5% de todo comércio em janeiro.
Esse movimento trouxe a tona outro dado interessante. Pela segunda vez seguida, desde que a Anfavea foi instituída, o volume de carros com motores acima de 1.000 cm³ foi superior aos com blocos de 1.000 cm³, ficando com 52% de participação, contra a fatia de 46,2% dos 1.0. Boa parte deste ritmo se deu por conta do aumento das importações de carros coreanos, que são 21,7% do volume total trazido de fora para o Brasil.
As exportações de automóveis, porém, seguem em queda. Na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês em 2010, o recuo foi de 13,7%, com 29.640 veículos embarcados, somados carros montados e CKD. “Ao final deste ano, teremos uma queda nas exportações. Nossos carros não são competitivos no exterior. Exportamos muitos tributos”, afirmou Beline em entrevista coletiva realizada em São Paulo nesta segunda-feira (6).
Em janeiro a fabricante que mais fez carros novamente foi a Volkswagen: 54.548, somadas as produções de automóveis de passeio e veículos comerciais leves. Em seguida vem a Fiat (46.725 unidades), a frente da GM (41.143), Ford (22.955) e Renault (11.238). Com tais números, a Anfavea também divulgou sua primeira projeção de crescimento, que deve ficar na ordem dos 5%, enquanto para as exportações é esperado um aumento 1,1% ao final deste ano.