Por que a Citroën resolveu abandonar as minivans após 30 anos?
Desde o Evasion e o Xsara Picasso, representantes da marca sempre foram oferecidas no Brasil
Após uma trajetória de aproximadamente 30 anos na categoria, a Citroën anunciou nesta semana que deixará de oferecer minivans em seu portfólio global, decretando, com isso, o fim de linha para o Grand C4 Space Tourer.
Talvez uma das marcas que mais tenham investido nesse tipo de carroceria, a Citroën declarou que a decisão foi tomada levando em conta “mudanças nos desejos dos consumidores” e “porque modernidade e valor agora são expressos por diferentes silhuetas”.
A Citroën destaca que os consumidores interessados no amplo espaço interno e versatilidade que as minivans ofereciam terão à disposição, em alguns mercados, modelos como o SUV médio-grande C5 Aircross (cotado para o Brasil) e o C5 X.
Segmento que nasceu com a Dodge Caravan nos EUA, a entrada da Citroën na categoria das minivans data de 1994, com a estreia do Evasion, produto que foi oferecido no Brasil entre 1995 e 2001.
O modelo oferecia 7 lugares e destacava-se pelas portas laterais corrediças. Até a descontinuação do Grand C4 Space Tourer, a Citroën somava cerca de 4,5 milhões de minivans comercializadas ao redor do mundo considerando todos os seus modelos já produzidos.
Aqui no Brasil, a marca registrou como um de seus maiores sucessos comerciais no segmento de monovolumes o Xsara Picasso, com produção local entre 2001 e 2012.
Posteriormente, a marca investiu na importação dos sucessores do modelo, no caso o C4 Picasso e sua versão 7 lugares chamada por aqui de Grand C4 Picasso.
Apesar do conjunto muito interessante, com amplo espaço interno, uma cabine confortável e espaço de sobra para bagagens, as minivans foram um dos segmentos mais afetados pela ascensão dos SUVs na preferência do público.
Aqui mesmo no Brasil, a importação da geração mais recente da família C4 Picasso encerrou de forma abrupta por parte da Citroën, que já registrava uma procura cada vez menor pelo modelo.