Por R$ 33,9 mil, Chevrolet Montana usada é a picape que com o melhor custo-benefício
Principal rival de VW Saveiro e Fiat Strada, seu grande trunfo está na maior capacidade de carga
A segunda geração da Chevrolet Montana divide opiniões quanto ao design mais sisudo e ao seu projeto ultrapassado, levando em conta que a picape compartilha a mesma base do Agile que, por sua vez, usa a base do primeiro Corsa, lançado por aqui em 1994.
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Mas a grande cartada estava na caçamba, com seus generosos 1.152 litros de capacidade, maior que os da primeira geração (1.143 litros) e superior aos de suas adversárias Volkswagen Saveiro com 924 litros e Fiat Strada, 1.100 litros.
Lançada no final de 2010, a picape chegou ao mercado nas versões LS e Sport, ambas equipadas com o mesmo motor 1.4 8V Econo.Flex da Montana da primeira geração. No entanto, apesar de passar por atualizações, a segunda geração chegava com menores números de potência e torque: 102/97 cv a 6.000 rpm e 13,5/13,2 kgfm a 3.200 rpm contra 105/99 cv a 6.000 rpm e 13,4/13,2 kgfm a 2.800 rpm.
A mais simples só vinha com o básico: para-choque pintado na cor da carroceria, rodas de aço de 14 polegadas, regulagem de altura do banco do motorista, protetor de caçamba e de cárter, mas se quisesse vidros, travas e retrovisores elétricos, computador de bordo, ar-condicionado e direção hidráulica, teria de pagar à parte.
Já a topo de linha Sport agregava como opcional freios ABS, airbag duplo, piloto automático, faróis de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas e sistema de som com entrada auxiliar e USB. A direção hidráulica para o modelo mais simples só passou a ser de série a partir da linha 2015, ano em que também foi oferecido novo revestimento dos bancos e a pintura metálica cinza Graphite.
Além disso, ganhou novos acessórios como o suporte de bicicleta, tapete de E.V.A. para caçamba e capa automotiva. Ainda no mesmo período, a GM reduziu a potência e o torque do motor: 99/94 cv e 13/12,9 kgfm. Com isso, o consumo de combustível melhorou: 7,1 km/l na cidade e 8,3 km/l na estrada com etanol e 10,4 km/l na cidade e 12 km/l na estrada com gasolina (ante os 6,8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada com etanol e 8,8 km/l na cidade e 13 km/l na estrada com gasolina).
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
- Tampa da caçamba
Arranhões e até amassados podem denunciar um uso mais severo, considerando que esta geração era mais voltada para o trabalho, por conta de sua capacidade de carga superior ao da primeira Montana, mais voltada para o lazer. Não se esqueça de olhar também o estado da caçamba e do rack de teto.
- Suspensão
Não é um caso isolado. Muitos proprietários reclamam do excesso de ruídos do conjunto da suspensão e outros vão mais além, comentando que as molas e amortecedores não aguentam carga. Outro problema bastante comentado é sobre o vão livre do solo muito baixo, o que faz com que a picape raspe facilmente em lombadas e valetas. Por isso, olho vivo por baixo do carro e verifique o estado de todo o conjunto da suspensão dianteira e traseira.
- Ar-condicionado
No período de climas mais quentes, é primordial testar todas as funções do ar-condicionado. Alguns relatam falhas e até quebra do aparelho. Há casos em que o dono precisou trocar o compressor e ou a bomba dágua na época em que o carro era mais novo, com menos de 45 mil km. Outros donos já relataram problemas de vazamento no radiador, mais precisamente pela mangueira e outros clientes já afirmaram ter trocado o radiador. Na dúvida, peça ao vendedor para levar o carro em seu mecânico de confiança para avaliar todo o sistema.
- Câmbio
Dificuldades nas trocas de marcha não podem ser ignoradas. O câmbio precisa trabalhar de forma suave e direta. Basta pesquisar sobre os principais defeitos da segunda geração da Montana para ver que há vários donos reclamando da transmissão que apresenta folga e imprecisão nas passagens de marcha. Caso você se depare com um modelo com este inconveniente, é melhor nem seguir adiante. Além da manutenção ser cara, as peças demoram para chegar, conforme relatado nas redes sociais.
- Recall
Verifique com o número do chassi da Montana junto ao site se já foi feito o reparo do suporte da suspensão dianteira esquerda dos modelos 2012, bem como a troca dos tubos de alimentação de combustível. Já outro recall é referente aos veículos fabricados entre 2013 a 2014 para a substituição do filtro de combustível. Ainda referente ao ano de 2013 que vai até a produção de 2019, a GM convocou os donos para trocar o airbag do motorista. Por fim, as picapes feitas no ano de 2014 também foram convocadas para a substituição do tubo de abastecimento do tanque de combustível.
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
A primeira dica é evitar as unidades mais básicas da versão LS do primeiro ano de fabricação que não contam com direção hidráulica e ar-condicionado. Estes itens eram opcionais. As versões mais aceitas no mercado são as mais equipadas também com vidros e travas elétricas e podem ser adquiridas com preços a partir de R$ 33.988, segundo a cotação da tabela da Fipe.
Outra recomendação é dar preferência às versões 2015 que apesar de terem menor desempenho aos modelos anteriores, são, em média, até 5% mais econômicas. A partir dessa produção, os preços começam em R$ 44.152 para a LS e R$ 49.280 pela Sport, de acordo com a tabela de referência.
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