Por que será que os sedãs caíram tanto em vendas ultimamente?
Assim como os hatches, os modelos de três volumes estão sendo engolidos pelos SUVs de várias espécies
A onda de SUVs que começou a invadir o mercado no início da década passada tem feito algumas vítimas. E entre elas estão os sedãs, que vem perdendo mercado gradualmente nos últimos anos. Conforme dados da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos), os compactos representaram 8,6% do mercado em 2023, ante 7,8% do primeiro bimestre de 2024. No caso dos médios, apenas 2,9% no ano passado.
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A preferência pelos SUVs é tanta que estão aparecendo cada vez mais modalidades deles. A bola da vez é daqueles com ares de cupê. A Citroën, por exemplo, vai lançar o Basalt no segundo semestre. Será um carro para conquistar clientes que antes iriam comprar um sedã médio, como o C4 Lounge. O estilo com a linha da capota que vai caindo a partir da coluna central, servirá de chamariz.
No caso dos sedãs médios, a troca pelos SUVs nos portifólios das fabricantes é mais evidente. A Volkswagen, por exemplo, deixou apenas uma versão do Jetta na linha, o esportivo GLI, trazido a conta gotas do México. E preferiu oferecer o utilitário esportivo médio Taos, fabricado na Argentina e que será o primeiro a ter o novo motor 1.5 híbrido leve, com sistema de 48V.
SUVs no lugar de sedãs
A Renault tentou emplacar os sedãs Megane e Fluence no Brasil, mas sem muito sucesso. Hoje, o nome Megane está ligado ao SUV elétrico e a marca prepara uma nova linha de modelos médios que inclui um SUV e uma picape, também eletrificados. Portanto, sem nada de sedã. Até mesmo o Logan está no fim da linha e até outubro deixará o mercado brasileiro oficialmente.
Com ruas esburacadas nas grandes cidades, cheias de obstáculos pelo caminho, além de quilômetros e quilômetros de vias sem asfalto, outras fabricantes estão deixando de vender sedãs e estão preferindo os SUVs. A Hyundai não vende mais o sedãs Elantra e Sonata, mas vai trazer o Palisade, um SUV que leva até oito ocupantes, com boa dose de sofisticação.
A Ford também, que antes vendia o Fusion e agora está apostando no SUV médio Territory é outro entre vários exemplos de fabricantes que estão colocando os sedãs de lado e investindo nos SUVs, que vêm passando a ter subdivisões, como grandes, compactos, médios, com ares de cupê, para trilhas, entre outras.
Com todo esse movimento, os utilitários esportivos já atiingiram 47,5% das vendas de automóveis e comerciais leves, conforme os dados da Fenabrave. E vem mais SUVs por aí. A lista inclui Toyota Yaris Cross, Kia EV9, Chevrolet Equinox EV, Volvo EX30, Peugeot 2008, Omoda C5, apenas para citar alguns.
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