Por menos de R$ 15 mil, o Fiat Palio é vice-campeão de vendas entre os usados

Você está atrás de um hatch pequeno e versátil que possa atendê-lo tanto no trabalho como no lazer e, por isso, ele tem de ser robusto, oferecer mecânica confiável e peças fáceis de serem encontradas. Uma alternativa pode ser o Fiat Palio.

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Partindo da segunda geração introduzida no final de 2000, ela ganhou traços mais definidos e elegantes com a assinatura do renomado mestre italiano Giorgetto Giugiaro, famoso por assinar projetos como o do Fiat Uno e VW Passat.

Visualmente, o carro ficou mais estiloso e esportivo, com destaque para o novo conjunto óptico mais afilado, formado por projetores de dupla parábola. A traseira ficou mais reta e menos bojuda, com lanternas mais arredondadas. 

Na parte interna, painel e bancos foram redesenhados e o ar-condicionado ficou mais eficiente e a embreagem passou a ter comando. Ainda por dentro, apesar das mudanças, o hatch da Fiat manteve o mesmo espaço.

Entre as versões, a linha era baseada na EX e a topo de linha ELX, que dependendo dos opcionais poderia ganhar trio elétrico, ar-condicionado, direção hidráulica, faróis de neblina, sistema de som, entre outros equipamentos de época.

Na parte da motorização, ganhou nova linha de propulsores Fire, composta do 1.0 8V de 55 cavalos de potência e 1.0 16V de 70 cv. Em 2002, surgiu o Powertrain 1.8 de origem GM de 103 cv, além do Fire 1.3 8V de 67 cv, em resposta às novas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados, (IPI), que já não favoreciam tanto os motores 1.0. 

No mesmo ano, ainda estreava a versão de entrada Fire que ocupou o lugar da Young, vendida com a carroceria da primeira geração. Por fora ele era igual ao EX, exceto pelos para-choques pretos sem pintura, mas mantinha o interior antigo e a embreagem acionada a cabo.

Prestes a ganhar nova reformulação estética, o Palio “G2” ganharia a opção do motor Fiasa 1.5 movido a etanol de 77 cv e mais tarde, a opção flex 1.0 de 66 cv com etanol e 65 cv com gasolina que passaria a conviver com a terceira geração até 2006.

 

PONTOS IMPORTANTES A OLHAR ANTES DA COMPRA

• Faróis

Costumam apresentar embaçamento na lente, sinal da má vedação entre a peça acrílica e o refletor do conjunto. Caso não queira gastar com um par de faróis novos - cada par é vendido por R$ 350 no Mercado Livre, a dica é aplicar uma fina camada de silicone entre a emenda entre a lente e o refletor.

• Forrações e bancos

São as fontes de ruídos mais frequentes, segundo relatos dos donos. Se você tiver um pouco de prática e com as ferramentas necessárias, pode soltar os forros de porta ou desmontar os bancos e tentar colocar feltro para acabar com os chiados. Outro problema comum é o descolamento do tecido das portas.

• Amortecedores

No caso do conjunto dos amortecedores dianteiros, verifique com cuidado, principalmente ao passar por ruas de paralelepípedo possíveis estalos ou ruídos que pode ser um sinal de buchas e pivôs comprometidos. Na dúvida, leve até um mecânico de confiança para dar uma avaliada.

• Vazamentos de óleo

Outra queixa recorrente está no vazamento de óleo que ocorre principalmente nos motores Fire. Entre os pontos de origem mais comuns o óleo escorre pela junta do cárter e também pelo bujão – parafuso localizado no dreno do cárter.

• Câmbio

Quanto ao câmbio, teste todas as marchas e verifique se todas engatam com facilidade e, durante o test drive, avalie se o sistema não apresenta trancos ou trepidações.

QUAL VERSÃO NÓS RECOMENDAMOS

Uma das características mais elogiadas do Fiat Palio é a posição de dirigir elevada e o conforto a bordo, além da facilidade de encontrar peças, manutenção simples e peças baratas. Por conta disso, o modelo tem revenda muito fácil. É anunciar que vende na hora! Não é à toa que ele está em segundo lugar no ranking de usados da Fenabrave de julho com 35.275 unidades vendidas, só perdendo para o rival VW Gol, que aparece com 62.262 exemplares comercializados.

Por outro lado, um ponto crucial do Fiat Palio, é o acabamento interno, principalmente o volante e manopla de câmbio que, mesmo em modelos mais bem cuidados, costumam descascar. Por isso, avalie bem o estado destes itens antes de dar prosseguimento à avaliação na hora da compra.

Abaixo de R$ 15 mil, as opções mais populares sem dúvida são as com motor 1.0 que vão bem para os centros urbanos. O consumo médio para os propulsores de oito válvulas gira em torno de 8 km/l na cidade e 12 km/l na estrada e para os modelos 16V, o rendimento é de 9 km/l no ciclo urbano e 12 km/l no perímetro rodoviário.

Para o melhor rendimento, é preciso estar com a manutenção em dia. Por isso, providencia a troca periódica dos filtros de ar, de óleo e combustível, regulagem das válvulas e, claro, dê preferência a gasolina de boa qualidade. Vale salientar que estes modelos ainda não contavam com a tecnologia bicombustível.

Por fim, por mais que pareça repetitivo as dicas apresentadas, opte por versões mais completas, com ar-condicionado, ou, pelo menos, direção hidráulica. As versões com quatro portas têm melhores revendas também. 

Acima de R$ 15 mil, sugerimos a versão EX, equipada com motor 1.3 8V (67 cv), que propicia um pouco mais de agilidade, com consumo parecido com as opções 1.0, ou seja, 8,5 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada. 

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