Picape Fiat Titano encosta nas vendas da VW Amarok
Mas veículo montado no Uruguai continua afetado pela paralisação do Ibama, que está atrasando o licenciamento ambiental
A Fiat comprou uma briga difícil no mercado ao ousar participar do segmento de picapes médias, o "verdadeiro", onde ainda imperam os veículos com chassi e carroceria separados.
Voltadas para um cliente que valoriza tradição, valentia e resistência, as caminhonetes são talvez a categoria mais complicada para uma marca estreante se dar bem.
Que o diga a Volkswagen, há 15 anos lutando com a (ainda) moderna Amarok sem ameaçar os modelos líderes, sobetudo a imbatível Hilux, da Toyota.
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Mas o grupo Stellantis não pensa duas vezes em usar as armas que têm em mãos para ampliar sua presença em todas as direções.
A picape Titano é um desses casos. Após namorar a ideia de lançar por aqui a Peugeot LandTrek, a Stellantis pensou melhor e resolveu repassá-là à Fiat, aproveitando a boa aceitação da Toro.
Ibama virou pedra no sapato
Desenvolvida e produzida na China, a Titano tem a montagem final no Uruguai e isso virou outro problema, somado à já difícil tarefa de encontrar clientes.
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Sim porque calhou de o Ibama, instituto federal de meio ambiente, passar por uma operação tartagura desde o começo do ano, em busca de melhores salários e condições de trabalho.
Pois um dos setores afetados, como vocês já leram aqui no AUTOO, é o automobilístico, sobretudo os importados, que precisam do seu aval para entrar no mercado.
A situação tende a piorar já que os funcionários entram em greve de fato nos próximos dias.
Ainda assim a Fiat conseguiu ampliar um pouco as vendas em junho e já fez a Titano encostar nos emplacamentos da Amarok, L200 e Frontier, da turma dos coadjuvantes.
Até a semana passada, a picape tinha 496 emplacamentos no mês, pouco menos que a VW (516 unidades), L200 (564) e Frontier (586).
Produção nacional a caminho?
Para chegar na briga de verdade, no entanto, falta chão. A S10 e a Ranger vendem mais de 2 mil unidades por mês enquanto a líder Hilux passa com tranquilidade de 3 mil unidades vendidas.
Descobrir onde está o teto da Titano ainda é difícil, com esses imprevistos, mas a pseudo-produção no Uruguai não ajuda muito. Não é à toa que a Stellantis já pensa em fabricar a picape na Argentina.
Aí sim vamos saber se a Fiat consegue furar a barreira que separa Toyota, Ford e GM do resto.
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