Picape da Hyundai pode ser produzida na Argentina
Representante da marca sul-coreana admitiu que modelo inédito pode ser produzido no país vizinho
Assim como a CAOA representa a Hyundai no território nacional, na Argentina essa tarefa cabe ao grupo MMSA S.A operar a Hyundai Motor Argentina. Mas, ao contrário do Brasil, nosso vizinho não tem fábrica ou subsidiária da montadora sul-americana por enquanto.
Seu principal executivo, Guillermo Artagaveytía, no entanto, deu pistas sobre os planos da fabricante em entrevista recente em Córdoba, cidade conhecida por sediar algumas fábricas de veículos. Sem entrar em detalhes, o presidente da Hyundai Argentina reconheceu que uma picape pode ser feito no país, mas disse tratar-se de um projeto inédito, ou seja, nem o conceito Santa Cruz muito menos o exercício de design Creta STC mostrado no Salão de São Paulo e baseado no SUV.
“Estou confiante de que podemos ter uma picape mais o Mercosul, mas é algo que ninguém viu ainda”, declarou Artagaveytía ao site CarsDrive.
Como esse modelo seria produzido lá não se sabe já que não há hoje uma unidade capaz de fabricar seus carros. Seria preciso investir um valor alto para viabilizar uma linha de montagem local além de um certo tempo para que ela entre em funcionamento.
Apesar disso, a revelação do executivo faz bastante sentido. A Hyundai tem se expandido globalmente em ritmo veloz e agora precisa não só atingir novos mercados (a Argentina tem uma presença relativamente tímida de carros da marca) como também entrar em novos nichos.
Celeiro de picapes
O mercado de picapes é, sem dúvida, um dos mais promissores atualmente e a Argentina é também especialista em fabricá-las – saem de lá os modelos Amarok, Hilux e Ranger e em breve também a Frontier, Alaskan e Classe X, da Mercedes-Benz.
Com a unidade de Piracicaba trabalhando no limite parece natural que uma segunda fábrica na região acabe sendo erguida na Argentina. Isso justificaria os recentes movimentos da Hyundai em investir mais na América do Sul como no caso da não renovação de contrato com a CAOA.
Resta saber que tipo de picape está nos planos da montadora. Uma derivada do Creta seria um produto mais em conta e capaz de competir com a Toro e a Oroch. Já uma picape maior, com chassi separado da cabine poderia se transformar num produto global, exportado do país vizinho para outros países. Seja qual for a escolha é certo que não se pode esperar nada menos que um produto muito competitivo por parte dos coreanos.