Peugeot Citroën prepara ofensiva de elétricos e híbridos
Grupo francês inicia em 2019 a transição de seus modelos; estratégia também contempla a Opel e Vauxhall
Uma notícia bem interessante foi revelada na última semana pelo grupo PSA para o time da revista inglesa Autocar.
Em entrevista para o veículo, o diretor de veículos de baixa emissão do grupo PSA, Alexandre Guignard, revelou que todas as marcas do grupo estão “tecnologicamente prontas para desempenhar seu papel na futura transição energética”.
Com isso, o grupo PSA, o que também inclui a alemã Opel e a inglesa Vauxhall, começará a oferecer versões elétricas ou híbridas plug-in de seus modelos atuais a partir de 2019. De acordo com o cronograma da marca, até 2021 são esperadas 15 novas versões dentro das marcas do grupo.
A previsão é que os carros maiores e de orientação mais familiar que utilizam a plataforma LMP2 contem com mais opções híbridas, enquanto os modelos compactos construídos sobre a arquitetura CMP adotem um caminho mais consolidado envolvendo a propulsão elétrica.
Como faz parte da nova ordem entre os grandes conglomerados automotivos mundiais, todos os modelos do grupo PSA foram concebidos para compartilhar a maior parte de seus componentes mecânicos entre as versões somente a combustão e as eletrificadas, bem como o habitáculo não sofrerá alterações significativas nas versões que chegarão ao mercado.
Os primeiros modelos que contarão com o novo conjunto propulsor híbrido serão DS 7 Crossback E-Tense 4x4, que deverá ser revelado já no início de 2019. Ele será seguido pelos Peugeot 508, 508 SW e 3008, o Opel/Vauxhall Grandland X e o Citroën C5 Aircross.
O conjunto mecânico que vai figurar nesses modelos é bem interessante e contempla o motor 1.6 a gasolina da família Puretech com 200 cv montado na dianteira do carro e trabalhando em conjunto com um câmbio da japonesa Aisin de 8 marchas. A esse propulsor a combustão se juntarão dois motores elétricos, um em cada eixo. Esse conjunto deverá entregar uma potência combinada na casa de 300 cv e permitir um alto nível de desempenho aos modelos aos quais vai equipar, com acelerações de 0 a 100 km/h, por exemplo, executadas na casa de 6,5 segundos.
Segundo algumas previsões, a expectativa é que a demanda por carros elétricos na Europa até 2025 cresça 13 vezes e atinja um volume de 3,6 milhões de unidades. Na China e na América do Norte, por sua vez, a demanda deve crescer 8 vezes e atingir volumes de 4,7 milhões e 1,7 milhões, respectivamente.