Peugeot-Citroën não quer mais fazer carros de entrada apenas a combustão
Grupo francês estuda próximos passos para o segmento, incluindo fazer proveito da futura fusão com a Fiat-Chrysler
Desde 2001, a Peugeot-Citroën (PSA) mantinha um acordo com a Toyota para a produção de modelos subcompactos de entrada na República Tcheca. Da parceria surgiram os primeiros Peugeot 108, Citroën C1 e Toyota Aygo. Agora, o grupo francês informou que não renovará o acordo com a fabricante japonesa, colocando em xeque ainda o futuro de seus modelos pequenos.
Três fontes diferentes afirmaram à Agência Reuters que a PSA estuda deixar de vez tal segmento de entrada, descontinuando o 108 e o C1. O motivo seria o desejo de sair de um mercado que vem se tornando cada vez menos rentável por conta dos custos para fazer com que os modelos a combustão atendam às regras de emissões de poluentes na Europa, cada vez mais restritivas. A saída pode ocorrer ainda antes da conclusão da fusão com a Fiat-Chrysler (FCA), formando a Stellantis.
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A PSA por sua vez, não afirmou especificamente sobre o fim da produção de seus modelos a gasolina para os mercados de entrada. No entanto, diz estar estudando como seus produtos atenderão às expectativas dos clientes, ao mesmo tempo em que devem atingir as metas de emissão de carbono impostas pela União Europeia. Isso inclui “ideia novas e disruptivas” para o segmento.
Um dos movimentos que o grupo francês pode realizar é deixar de ofertar seus modelos a combustão nos mercados de entrada, onde as margens de lucro são menores. A estratégia seria aguardar a fusão com a FCA, que já atende tal nicho hoje com o novo Fiat 500 na Europa, modelo que traz um conjunto motriz 100% elétrico. A marca italiana também já possui mais tradição entre os subcompactos.