Peugeot 2008 tem boa dirigibilidade e preços nem tanto; veja rápida avaliação
Nova geração do SUV passa a vir da Argentina e a ter mais chances de se destacar nas vendas
Agora importado da Argentina, o suve compacto da Peugeot chega ao mercado nas versões Active (R$ 119.990), Allure (R$ 129.990) e GT (R$ 149.990) para o ano-modelo 2025. São preços de pré-venda bem interessantes, porém só válidos até o fim de agosto. Já em setembro vão aumentar em R$ 20.000, o que os tornam menos competitivos. Permanece entre os mais atuais do segmento, por fora e por dentro.
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Posto de condução é o mesmo do hatchback 208, com visual bastante agradável, embora haja excesso de plástico comum. O volante ovalado permite visão privilegiada do quadro de instrumentos digital em sua inusitada posição elevada. A central multimídia de 10,3 pol. conta com suporte a Android Auto e Apple CarPlay sem fio e há carregador de bateria de celular por indução (menos na versão de entrada). No banco traseiro, largura razoável, mas o assoalho tem um túnel central.
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Os faróis são de LED e as rodas de liga leve de 17 pol. apresentam desenho bem elaborado. Já o porta-malas de 374 litros, padrão VDA, deveria ser maior pois perde para o do VW Nivus (415 litros), por exemplo. Motor é sempre de 1 L turbo flex de 3 cilindros, 125/130 cv e 20,4 m·kgf associado ao câmbio automático CVT de sete marchas selecionáveis por borboletas atrás do volante. A Peugeot declara aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos.
Pacote de segurança ativa é de primeira linha e inclui, entre outros itens, a indispensável frenagem automática de emergência tão importante que passará a ser item de série em todos os carros e picapes novos nos EUA em 2029.
Primeiro contato foi breve por estradas bem pavimentadas em Alagoas, além de um pequeno trecho de terra. O 2008 mostrou bastante agilidade nas acelerações, especialmente no modo Sport. Rodar é confortável, mas o isolamento acústico na cabine é apenas regular e alguns ruídos surgem em piso irregular.
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Elétricos enfrentam dificuldades tanto na Europa como nos EUA
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Percalços de mercado para carros elétricos se aprofundaram no primeiro semestre deste ano. Um exemplo foi a queda brusca do Tesla Y que de automóvel mais vendido na Europa, caiu para oitavo no primeiro semestre deste ano. Segundo o especialista em análise de mercado Felipe Munoz, da JATO Dynamics, há três razões: “Sua linha de produtos limitada começa a envelhecer; a crescente concorrência de outras marcas; e estratégia de redução de preços que já não funciona com concorrentes chineses”.
Entretanto, há outras dificuldades em marcha que explicam por que houve a desaceleração tão rápida de venda na Europa e nos EUA. No segundo caso, a Automotive News aponta as panes em mais de um quarto dos postos públicos de carregamento e a dificuldade de informações precisas sobre localização que minam a confiança dos motoristas.
Na Alemanha as vendas caíram 37% em relação a dezembro com o fim dos subsídios do governo. E isso desanimou também a indústria de autopeças. A Schaeffler indicou que vai redirecionar sua produção para híbridos, numa guinada inesperada. Fabricante de chips, Infineon Technologies, afirmou que a recuperação em grande escala de veículos elétricos “ainda não está à vista” e pretende cortar 1.400 postos de trabalho.
Por fim, a Mercedes-Benz anunciou US$ 15 bilhões para voltar a investir em tecnologia de motores a combustão, seguindo a Toyota que desenvolve avanços significativos para surpreender o mercado nos próximos anos.
Novo polo de produção no Ceará suscita dúvidas
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A iniciativa era esperada desde que a Ford decidiu encerrar as atividades industriais no Brasil em janeiro de 2021. As instalações em São Bernardo do Campo, SP, Taubaté, SP e em Camaçari, BA)já foram alienadas. Restava o terreno e uma pequena fábrica de onde saía o suve raiz Troller já descontinuado. O governo cearense desapropriou a área em março, mas a marca levou o caso à Justiça e preferiu não se manifestar oficialmente.
O Grupo Comexport, de São Paulo, SP, que trabalha com exportação e importação, se interessou pelo projeto e reservou R$ 400 milhões (cerca de US$ 70 milhões). Trata-se de valor incompatível para investimentos que, segundo a empresa, “incluem seis modelos de nova energia (híbridos plugáveis em tomada e elétricos), para três marcas consagradas da indústria automobilística mundial”, afirmou o sócio e vice-presidente comercial, Rodrigo Teixeira.
Planos concretos serão anunciados em 2025. Trata-se de uma empresa de serviços e tem entre seus clientes Mercedes-Benz, Toyota e Volvo. No seu site identifica-se assim: “Fundada em 1973, a Comexport é a maior empresa de comércio exterior do Brasil com ampla experiência nos processos operacional, logístico, tributário, aduaneiro e financeiro”. Obviamente, nenhum dos três clientes se pronunciou. Planos industriais envolvem investimentos superiores àquele montante.
Por enquanto, apenas a Neta Auto anunciou produção no Brasil. A Toyota vai colocar à venda sua fábrica em Indaiatuba, SP, pois está transferindo produção do Corolla para Sorocaba, também no estado de São Paulo. Especula-se que esta chinesa poderia se interessar. Quanto às “três marcas consagradas” citadas é preciso esperar para ver.
Festival Interlagos espera crescer ainda mais
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O balanço é da empresa organizadora que vislumbrou um mercado que estava adormecido e acaba de superar recorde de público no autódromo paulistano, nesta terceira edição, entre 8 e 11 de agosto últimos. No dia 8 para imprensa e nos três dias seguintes atraiu 118,7 mil visitantes e contabilizou 8,9 mil testes. No total entraram na pista 355 automóveis de 29 marcas, incluindo produtos de 19 fabricantes e importadores independentes.
Uma das novidades deste ano foi a participação da empresa gaúcha Super Carros, de Gramado, especializada em aluguel para passeios curtos. Daí a diversidade de modelos no circuito como McLaren LT, Ferrari, Porsche 911 Turbo S, Lamborghini Gallardo, entre outros. Segundo a organização, a iniciativa se transformou no maior evento desse tipo no mundo com cerca de 50 expositores incluídos fabricantes de autopeças, pneus, acessórios e serviços.
Foram lançados este ano 12 modelos inéditos, entre 19 marcas, a exemplo do que acontece em tradicionais salões de automóveis. Até as mais novas chinesas, Omoda e Jaecoo, do Grupo Chery, estrearam. O empresário Márcio Saldanha, em sociedade com o jornalista Eduardo Bernasconi, criou o Festival Interlagos em 2019 apenas para motocicletas. E em 2022 estenderam-no para automóveis.
“Nunca um evento havia oferecido um pacote tão completo: oportunidade de conhecer e dirigir os carros na pista, além de possibilitar negociações de vendas”, afirma Saldanha, da Duas Rodas Mídia, do Rio de Janeiro. “Foram exatos 38.300 km rodados durante o evento, no asfalto do traçado e nas pistas (off-road e habilidade). Com zero de acidentes, saídas de pista e derrapagens”, acrescenta Bernasconi.
Já foram marcadas datas para 2025: Motos, 28 de maio a 1º de junho; Automóveis, 11 a 15 de junho. No caso de automóveis, com mais um dia de evento, há perspectiva de atrair até 200.000 pessoas.
Enquanto isso, o Salão do Automóvel, de acordo com a Anfavea, ainda enfrenta dificuldades de datas tanto no segundo semestre deste ano, quanto no primeiro de 2025. Nem a alternativa do remodelado pavilhão do Parque Anhembi apresenta disponibilidade.
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