Pedestre: cuidado com carro elétrico

Por não emitir som de funcionamento, risco de ser atropelado é maior
A partir de 2040, só modelos elétricos na França

A partir de 2040, só modelos elétricos na França | Imagem: Divulgação

O número de veículos elétricos e híbridos vendidos no Brasil ainda é pequeno e parte dessa impopularidade se deve também ao preço, que gira em torno dos R$ 140.000 a R$ 180.000 para os mais em conta.

É ecologicamente correto ter um carro elétrico ou híbrido e com certeza eles serão maioria na frota mundial daqui alguns anos, mas antes é preciso criar a infraestrutura e conscientizar o consumidor de algumas particularidades desses carros. O barulho do funcionamento do veículo é um deles. No caso, a falta de barulho.

As fabricantes estão sempre se esforçando para diminuir os ruídos do carro, melhorando a qualidade do isolamento acústico na cabine e do próprio funcionamento do motor. Mas no carro elétrico isso não é necessário, pois o propulsor elétrico não faz barulho. Isso pode ser ótimo para quem conduz ou pega uma carona, mas é ruim para o pedestre.

E o motivo é simples: se quem está do lado de fora não escuta o barulho do carro se aproximando, o risco de ser atropelado é maior. Para mitigar esse risco, algumas montadoras desenvolveram dispositivos sonoros para emitir um som de funcionamento do carro, alertando os pedestres. Ele aumenta o "volume do carro" quando a velocidade aumenta, tentando simular um veículo à combustão. Este dispositivo pode ter outras funções, como: alerta de ré e aviso de conexão/desconexão da tomada de energia.

Com ele será possível personalizar o ruído para cada montadora, permitindo que se identifique o carro pelo barulho emitido. Além de seguro, é instrutivo. Resta saber se vai dar certo.

Vinicius Montoia

Formado pela PUC-SP em jornalismo, Vinicius já atua no setor automobilístico desde 2013. É criador do canal Narração Esportiva do Youtube, projeto que conta a história dos maiores narradores esportivos do país